Manifestantes ocuparam a Esplanda do Ministérios na tarde de nesta sexta (25) pedindo a legalização do uso da maconha. A caminhada começou pontualmente as 16h20, horário reconhecido na cultura canábica como hora de fumar. Proibida em 2011, a Marcha da Maconha teve aval do Supremo Tribunal Federal (STF) por considerar que todos têm direito à liberdade de expressão. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanhou todo o manifesto sem interferências. “Nós defendemos a legalização da maconha para três finalidades: uso medicinal, para pacientes com câncer, glaucoma; uso religioso, que garante a liberdade de algumas religiões afro-brasileiras que estão hoje impedidas de expressar sua liberdade religiosa; e uso cultural, que é o uso social que não causa males ao indivíduo”, disse o organizador da marcha Flávio Pompêo. Para o organizador, a proibição do uso da maconha é equivocada, já que, segundo ele, registros históricos mostra que a cannabis é usada há mais de 3 mil anos. “ Achamos que a proibição é negativa, fortalece o crime organizado e causa mais males do que benefícios”, disse. A organização da marcha estima que mais de 3 mil pessoas participaram do protesto de hoje. Para a PMDF, o número não ultrapassou 1 mil manifestantes. O ponto mais esperado da caminhada foi a famosa “Ola” feita na descida do Congresso Nacional. De lá, os manifestantes seguiram em direção a Praça dos Três Poderes , onde fizeram “ A Grande Folha Humana”, um desenho de uma folha de maconha feito pelos participantes da marcha. Durante a passeata, era notória a expressão de espanto de algumas pessoas. “ O mundo realmente está louco, como é que podem pedir uma coisa como essa?”, questionou a garçonete Lúcia Vieira. Para que a Marcha da Maconha pudesse acontecer, o STF recomendou que não houvesse uso da droga, nem que houvesse apologia. Aos organizadores, coube notificar os participantes da recomendação. Mesmo assim, era possível ver cigarros sendo enrolados em em áreas mais afastadas da multidão.
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