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Caso Von Richthofen: veja o que aconteceu com a mansão após 20 anos do crime

Imóvel, onde Marísia e Manfren von Richthofen foram mortos, tem 1 mil metros quadrados.

Redação iBahia • 01/11/2022 às 9:42 • Atualizada em 01/11/2022 às 11:10 - há XX semanas

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					Caso Von Richthofen: veja o que aconteceu com a mansão após 20 anos do crime
Foto: Reprodução

Boa parte da sociedade brasileira conhece a história da família Von Richthofen. Em 31 de outubro de 2002, o casal Marísia e Manfren foi morto com golpes de barras de ferro na cabeça enquanto dormia. E os autores do crime foram Suzane von Richthofen, filha das vítimas, e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.

A mansão, local do crime, era um imóvel de luxo de 1 mil metros quadrados. Ela foi fechada durante um período e a pergunta que ficou foi: o que aconteceu no local? A residência foi vendida?!

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O segredo foi então revelado. De acordo com informações divulgadas pelo g1, nesta terça-feira (1º), a casa von Richthofen, localizada na zona sul de São Paulo, foi vendida por R$ 1,6 milhão e ainda segue desocupada, sem nenhum morador.


				
					Caso Von Richthofen: veja o que aconteceu com a mansão após 20 anos do crime
Foto: Reprodução: Arquivo/TV Globo e Kleber Tomaz/g1

Os vizinhos da casa, comprada em 1998, dizem que não há movimentação no local há alguns anos. Ainda segundo o g1, a residência das vítimas foi comprada por R$ 330 mil. Ela tem dois pavimentos, com sala, cozinha, banheiros, suítes, escritório, biblioteca, piscina e garagem.

Quando os novos proprietários compraram a mansão, eles decidiram reformar o espaço. A fachada com o número da residência e tijolos à vista da época do crime foi trocada. Hoje, a fachada é pintada de branco. Não se sabe como ficou a parte interna do local.

Na época do crime, o Suzane e os Cravinhos alegaram - segundo o Ministério Público (MP) - que os pais da jovem não aprovavam o namoro dela com Daniel. Então, eles decidiram matá-los para poder ficar com o imóvel, o dinheiro e outros bens da herança da família. Condenados a mais de 30 anos de prisão pelos homicídios na Justiça em 2006, as penas deles deverão ser extintas entre 2038 e 2043.

Após o julgamento, já em 2014, Suzane abriu mão da herança após uma disputa judicial com o irmão Andreas. No mesmo ano, ele vendeu o casarão por metade do valor de mercado. Os atuais donos, um engenheiro e uma dentista, não quiseram falar com a reportagem do g1 sobre o assunto.

Caso Richthofen

Suzane tinha 18 anos quando pediu para que o namorado e o cunhado executassem os pais dentro dentro da mansão. Marísia e Manfred von Richthofen foram mortos com golpes de barras de ferro enquanto dormiam, no dia 31 de outubro de 2002. A mãe era psiquiatra e tinha 50 anos. Já o pai, era alemão, naturalizado brasileiro, tinha 49 anos e era engenheiro.

Procurado pelo gpara comentar os 20 anos do caso, o promotor Paulo José de Palma, que acompanha os processos dos condenados, informou que não poderia comentar o assunto porque ele está em segredo de Justiça.

Segundo a acusação do Ministério Público à época, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos entraram na residência e mataram o casal a pedido de Suzane von Richthofen, filha das vítimas. Andreas, filho caçula do casal e irmão de Suzane, tinha 15 anos. Ele não participou do crime nem sabia do plano da irmã e dos Cravinhos de matar seus pais. O adolescente havia sido levado de carro por Daniel e Suzane a um cibercafé.


				
					Caso Von Richthofen: veja o que aconteceu com a mansão após 20 anos do crime
Fotos: Luara Leimig/TV Vanguarda, Jomar Bellini/TV TEM e Carlos Henrique Dias/G1

Suzane Richthofen

Após a decisão do júri em 2006, Suzane recebeu a pena de 39 anos e seis meses de prisão. Em 2021, a defesa dela recorreu à Justiça, que a revisou e reduziu para 34 anos, quatro meses e 20 dias. O g1 entrou em contato com a advogada dela, Stephanie Guadalupe, que afirmou que não irá comentar por "trata-se de um processo que corre em segredo de Justiça".

Hoje com 38 anos, Suzane está no regime semiaberto na Penitenciária feminina de Tremembé, interior do estado, desde outubro de 2015. Atualmente, ela trabalha na unidade prisional pela manhã com costura e cursa biomedicina numa faculdade em Taubaté, cidade vizinha.

Até agosto deste ano, a pena de Suzane iria até 25 de fevereiro de 2038, quando ela será considerada uma mulher totalmente livre. Mas esse tempo pode diminuir porque, pela lei, como ela trabalha na prisão, há um cálculo de remição. Essa redução permite descontar dias de pena por dias trabalhados.

Nesta semana, quando se completam duas décadas do caso Richthofen, deverá chegar à Justiça o resultado do laudo criminológico de Suzane. O documento foi exigido pela Justiça para saber se ela tem condições de progredir para o regime aberto, como quer a sua defesa.

Os Cravinhos

Daniel também foi condenado a 39 anos e seis meses de detenção em 2006. Ele chegou a ficar preso na Penitenciária masculina de Tremembé, no interior do estado. Mas desde janeiro de 2018 cumpre o restante da sua pena no regime aberto, tendo de cumprir algumas exigências da Justiça.

Está morando na capital de São Paulo, onde tem de comparecer regularmente no fórum, por exemplo. Em 2014, ele se casou com a filha de uma agente penitenciária que conheceu na prisão. Daniel, atualmente com 41 anos, deverá terminar de cumprir sua pena em 21 de janeiro de 2041. Procurado para comentar o assunto, ele não retornou o contato feito pelo g1.

Já Cristian pegou 38 anos e seis meses de reclusão pelo crime. Além dessa condenação, ele foi condenado em 2018 a quatro anos de prisão por corrupção. Um ano antes havia sido solto para cumprir o regime aberto, mas se envolveu numa briga num bar em Sorocaba, interior paulista.

Ele acabou acusado por policiais militares de tentar suborná-los com dinheiro para não ser detido por porte ilegal de munição de arma de fogo de uso restrito. Uma mulher chegou a chamar a Polícia Militar o acusando de agressão, mas não registrou boletim de ocorrência. Com a nova prisão, ele perdeu o benefício e voltou para a prisão. Atualmente as penas somadas são de 42 anos.

Desde março deste ano, Cristian está no regime semiaberto da Penitenciária masculina de Tremembé, interior do estado. Ele tem 46 anos e sua pena vai até 29 de dezembro de 2043. Um filho de Cristian que conseguiu na Justiça a retirada do sobrenome Cravinhos do seu registro, também pede que o nome do pai deixe de existir na filiação de seus documentos. O g1 não conseguiu localizar a defesa de Cristian para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.

Andreas Richthofen

Após vender a mansão da família, Andreas Richthofen foi morar num apartamento em São Paulo. Outros imóveis do mesmo bairro onde está o casarão, e com a mesma metragem, custam em torno de R$ 5 milhões atualmente. Após o crime, ele foi morar com tutores, sua avó e um tio. Continuou estudando e anos depois, se formou em farmácia e química pela Universidade de São Paulo (USP).

Em maio de 2017, ele foi detido por policiais militares após invadir uma casa na cidade durante um surto psicótico. Ele segurava uma caixa com uma medalha com o sobrenome dos Richthofen. À época, Andreas chegou a ser internado num hospital psiquiátrico. Ele tem atualmente 35 anos. Procurada para comentar o caso Richthofen, a defesa do irmão de Suzane informou que ele não irá falar por conta do segredo de Justiça do processo.

O caso Richthofen rendeu livros, documentários e filmes. O crime foi retratado na TV com longa-metragens, como "A menina que matou os pais" e "O menino que matou meus pais".

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