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Cerveja adulterada causa doença misteriosa em Belo Horizonte

Perícia criminal conclui que em amostras de dois lotes da marca Belorizontina, da Backer, foi detectada presença da substância dietilenoglicol

Redação iBahia • 09/01/2020 às 20:32 • Atualizada em 31/08/2022 às 10:48 - há XX semanas

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Um laudo da perícia criminal da Polícia Civil aponta a contaminação de duas amostras da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, com a substância dietilenoglicol. O documento foi enviado pela polícia a autoridades estaduais e municipais da área da saúde.
Em laudo enviado para a secretaria de Saúde de Belo Horizonte e do estado de Minais Gerais, e obtido pelo jornal "Estado de Minas" o perito da Polícia Civil informa que “nas duas amostras de cerveja encaminhadas pela vigilância sanitária do município de Belo Horizonte (cerveja pilsen marca Belorizontina lotes L1 1348 e L2 1348) foi identificada a presença da substância dietilenoglicol em exames preliminares. Ressalto que estas garrafas foram recebidas lacradas e acondicionadas em envelopes de segurança da vigilância sanitária municipal”. A informação foi confirmada mais tarde em coletiva de imprensa.
A Polícia Civil fez, na tarde desta quinta-feira, uma inspeção na fábrica da cervejaria Backer, localizada no bairro Olhos D’Água, na região Oeste da capital mineira. A cerveja Belorizontina, um dos produtos da marca, foi atrelada, em relatos nas redes sociais, aos sintomas da doença. Na fábrica, os agentes recolheram outras garrafas que serão comparadas com as fornecidas por famílias de pacientes.
Foto: reprodução / Pixabay
Até o momento, a doença misteriosa matou uma pessoa e causou a internação de pelo menos sete. As vítimas têm idades entre 23 e 76 anos e apresentaram os mesmos sintomas — desconforto gastrointestinal (náusea, vômito e dor abdominal), insuficiência renal aguda de evolução rápida (em até 72 horas) e alterações neurológicas como paralisia facial, vista borrada, cegueira total ou parcial.
A vitima fatal foi identificada como Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos. Ele estava internado desde 31 de dezembro no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, e morreu na última terça-feira, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
Todos os afetados pela doença estão, de alguma forma, ligadas ao bairro Buritis, de classe média alta: trabalham, moram ou passaram por lá nos dias anteriores à contaminação. Os casos começaram a aparecer no final de dezembro.

Uma força tarefa foi montada para investigar os casos. A equipe é formada por técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS Minas), da Secretaria Municipal de Saúde de BH (CIEVS BH) e do Ministério da Saúde (EpiSUS).

Todas as vítimas identificadas até o momento são homens. Dos nove casos, dois foram notificados ontem, após nota de protocolo ter sido emitida pela Secretaria de Saúde do estado.

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