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Cinco discos clássicos do rock brasileiro fazem jubileu de prata em 2011

Puxados por Selvagem?, disco marco dos Paralamas do Sucesso, outros quatro grandes álbuns do rock brasileiro completam 25 anos em 2011

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19/06/2011 às 15:17 • Atualizada em 29/08/2022 às 12:53 - há XX semanas
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Quem estranha hoje no rock nacional a mistura de guitarra pesada com percussão de sotaque africano e afins? É tão comum que virou até fórmula de mercado. Mas, em 1986, a conversa era outra. O rock’n’roll brasileiro pós-Rock in Rio não queria experimentações. Ou era pós-punk, com letras de protesto social, ou total nonsense, com frescor e humor praiano muito bem-vindos. Por isso, quando saiu Selvagem?, terceiro disco dos Paralamas, foi um assombro. Mistura de rock com ritmos brasileiros e pegada reggae, dub e afrobeat, com reforço de Gilberto Gilcantando junto, como assim? Com isso, porém, Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone estabeleceram um novo parâmetro no rock brazuca feito no pós-ditadura. “Para Herbert, era preciso arriscar mais. Foi assim que ele começou a maturar composições inspiradas no mergulho que fizemos no reggae e na música africana”, relembra o baterista João Barone. Não à toa, o produtor e baixista Liminha escreveu que Selvagem? marcou “o início de uma nova era da música brasileira”. Causou estranheza até entre as outras bandas. O público, porém, recebeu bem: foram 750 mil cópias vendidas. ECOS A Bahia foi o lugar que melhor recebeu Selvagem?: Alagados, carro-chefe do disco, teve 67 execuções somente no dia de estreia nas rádios. Um álbum tão importante que hoje, 25 anos depois, a banda montou um show dedicado a ele, com apresentações nos dias 24, 25, 29 e 30 de junho; e 1º e 2 de julho, em São Paulo. Curioso é que, naquele mesmo 1986, outras quatro bandas símbolos do nosso rock lançaram álbuns que também mudariam a sua história e a do mercado fonográfico nacional – que, naquela época, era pautado pelo grande sucesso comercial do gênero. Os Titãs receberam o primeiro disco de ouro com o pulsante Cabeça Dinossauro, uma porrada sonora e ideológica do pós-ditadura, que vendeu quase 400 mil cópias – apesar da censura à escatologia da faixa Bichos Escrotos.“ Cabeça é o disco que todo mundo mais gosta. É o meu preferido também”, diz o titã Sérgio Britto. ÍDOLOS A Legião Urbana se consagrou definitivamente como voz da Geração Coca- Cola com o maravilhoso Dois, segundo álbum da banda de Renato Russo (1960-1996) e que bateu em 1,2 milhão de cópias. “Depois do Dois, abrimos várias possibilidades musicais, os violões entraram definitivamente em nossas canções... O lirismo rascante de Daniel na Cova dos Leões, o blues de Música Urbana 2, a leveza de Andrea Doria e acidez de Acrilic on Canvas. É um disco que mudou minha maneira de pensar em fazer discos, um disco que as pessoas ainda se lembram. Deve haver algo. Grandes canções”, pontua o guitarrista Dado Villa-Lobos. Enquanto isso, Paulo Ricardo e o RPM viviam dias de beatlemania com o fenômeno Rádio Pirata Ao Vivo, que vendeu impressionantes 2,2 milhões de cópias, puxadas por hits como Olhar 43 e Revoluções por Minuto. De volta à cena este ano, a banda está se dividindo entre shows e a gravação de um novo álbum, o primeiro de estúdio desde 1993. Mais modestamente, o Capital Inicial marcava seu território com o álbum homônimo, que trazia à luz algumas das composições mais punks do Aborto Elétrico, antiga banda de Renato Russo, gênese do rock de Brasília.

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