O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira que não há evidência de que o coronavírus esteja circulando no Brasil. Mandetta disse que a suspeita de um caso em Minas Gerais ainda está sendo analisada, e que a paciente, que viajou à Wuhan, epicentro da crise na China, apresenta todos os sintomas que caracterizam a suspeição.
O ministro afirmou, ainda, que a pasta revisou o nível de classificação de risco para "dois", que significa "perigo iminente".
— Temos hoje o caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan(na China) até 24 de janeiro de 2020. É um caso importado, ou seja, uma pessoa que veio dessa cidade. Ela apresentou sintomas compatíveis com a suspeita e o estado geral da paciente é bom. Não há evidência ainda que o vírus esteja circulando, ela está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados — afirmou.
A brasileira deixou a China de avião e fez uma escala em Paris, na França, e outra no Rio, antes de seguir para Belo Horizonte. Segundo o ministro, o Brasil tem capacidade de identificar o genoma do vírus. Mandetta afirmou que sete mil rumores foram analisados e 127 casos foram verificados mais profundamente. Apenas o de Minas Gerais é tratado como suspeito.
O ministro da Saúde afirmou, ainda, que os brasileiros devem evitar viagens à China:
— Estamos recomendando que viagens à China sejam feitas apenas em caso de necessidade. O Ministério da Saúde desaconselha qualquer viagem nesse momento para aquele país.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que "não seria oportuno" trazer para o Brasil a família de brasileiros que está internada nas Filipinas, com suspeita de terem contraído o coronavírus.
Segundo adiantou a colunista Bela Megale, Bolsonaro voltou da visita oficial à Índia bastante preocupado com a situação e, além de conversar com Mandetta, o presidente deverá se sentar com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. A ideia é avaliar se há necessidade de promover ações em aeroportos internacionais.
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Redação iBahia
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