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Cunhado fez ameaças a pastor assassinado em grupo de WhatsApp

O cunhado de Custódio ficou preso seis meses acusado do homicídio de sua ex-mulher

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Redação iBahia

28/03/2017 às 14:46 • Atualizada em 31/08/2022 às 23:02 - há XX semanas
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Depoimentos de parentes do pastor Custódio Gonçalves, de 57 anos, assassinado dentro da Igreja Assembleia de Deus Ministério Apascentando Ovelhas, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, afirmaram que, antes do crime, o cunhado da vítima fez ameaças a Custódio num grupo de WhataApp da família. Para agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), o cunhado é o principal suspeito do crime. No último dia 31 de janeiro, o homem acusou o pastor, num registro de ocorrência feito foi à 71ª DP (Itaboraí), pelo abuso sexual de seu filho de 2 anos.

Segundo a testemunha, após o registro ser feito, o cunhado teria postado num grupo da família a seguinte mensagem: “Isso não vai ficar assim. O inferno te espera”. Em depoimento prestado ontem, o homem negou ter participado do crime e disse que queria que Custódio fosse preso, e não morto. O suspeito também afirmou que integrantes do tráfico de Itaboraí, após ficarem sabendo do abuso, queriam matar Custódio.

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O cunhado também apresentou um álibi à polícia: disse que, no momento do crime, na noite do último domingo, ele estava numa outra igreja evangélica em Itaboraí. Os agentes da DH, então, identificaram o pastor da igreja e o levaram para prestar depoimento na sede da especializada. O líder religioso afirmou que o homem, de fato, estava em sua igreja no domingo à noite. Entretanto, disse que não o conhecia e nunca o havia visto lá.

"Nós tratamos o cunhado da vítima como o principal suspeito de ser o mandante do crime, mesmo não tendo participado diretamente da execução", afirmou o delegado titular da DHNSG, Fábio Barucke.

O cunhado de Custódio ficou preso seis meses acusado do homicídio de sua ex-mulher, em janeiro de 2015. De acordo com a denúncia do MP à época, “desferiu disparo de arma de fogo contra a vítima”. Ele, entretanto, foi solto após ser absolvido pelo Tribunal do Júri de Itaboraí, no último dia 2 de fevereiro. Durante a prisão, seu filho ficou morando com o pastor.

Menos de um mês depois de o homem sair da prisão, seu filho apresentou um sangramento no ânus e foi levada à UPA de Itaboraí. Em depoimento, o cunhado contou que entrou em contato com a pediatra do garoto para saber o que poderia ter acontecido. A médica, então, teria afirmado que, durante uma consulta, a criança disse que quem havia feito aquilo havia sido o “tio Custódio”.

O pastor foi morto com pelo menos três tiros em meio a um culto no domingo à noite. Segundo testemunhas, um homem encapuzado desceu de uma moto, entrou na igreja e atirou no pastor.

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