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BRASIL

Dilma condena violência nos países árabes e intolerância

A presidente Dilma Rousseff condenou a violência e o preconceito contra o islamismo e os Estados Unidos

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02/10/2012 às 20:07 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:34 - há XX semanas
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Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de abertura da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa)
Em meio à crise da Síria, às revoltas populares em vários países de maioria muçulmana e aos ataques a representações diplomáticas norte-americanas e de aliados, a presidenta Dilma Rousseff condenou nesta terça-feira (2) a violência e o preconceito contra o islamismo e os Estados Unidos. Ao discursar na 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), ela criticou qualquer possibilidade de intervenção militar externa nos países em conflito. Veja também: Produtor de filme anti-islã é preso em Los Angeles Programação completa de filmes exibidos hoje na capital baiana “[A solução] só poderá ser encontrada por eles próprios [os países em conflitos]. Sabemos que o caminho desses países passa por eles”, disse a presidenta, em defesa da busca pelo diálogo e uma alternativa negociada. Dilma reiterou ainda que as manifestações na Primavera Árabe refletem os desejos universais. “O mundo árabe vive profundas mudanças, que exprimem anseios universais, como [o desejo de] justiça social e liberdade”, disse a presidenta, lembrando que a história recente na América do Sul mostra que os países da região também viveram “processos semelhantes e luta política e inclusão social”. Como na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma criticou a onda de violência na Síria, que completa 19 meses, e cobrou do governo do presidente do país, Bashar Al Assad, e da oposição providências. Para ela, todos têm responsabilidades. “Estamos conscientes que a maior responsabilidade recai sobre o governo de Damasco. Mas sabemos também das responsabilidades das oposições armadas, que contam com o apoio militar e logístico estrangeiro”, disse. Ao mencionar os episódios recentes de violência religiosa envolvendo muçulmanos e ataques a representações diplomáticas norte-americanas e de aliados, a presidenta disse que o Brasil repudia a intolerância. Nos últimos dias, várias representações diplomáticas foram atacadas por muçulmanos indignados com o filme anti-Islã, produzido nos Estados Unidos. “Repudiamos todas as formas de intolerância religiosa, todas as manifestações de islamofobia”, disse a presidenta. Ela lembrou que o repúdio também é válido contra os ataques a representações norte-americanas, alemãs e britânicas.

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