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BRASIL

Dilma critica preconceito contra médicos cubanos

Após jornalista potiguar criticar aparência dos estrangeiros, presidente diz que profissionais estão vindo para fazer o que os brasileiros não querem

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28/08/2013 às 10:54 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:31 - há XX semanas
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Após uma jornalista potiguar criticar, em tom preconceituoso, um suposto desleixo no vestuário das médicas cubanas, que chegaram ao Brasil para cobrir a falta de profissionais em regiões remotas e áreas periféricas de algumas cidades, através do programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff resolveu comentar o caso.
Na ocasião, Micheline Borges afirmou que as médicas "têm cara de empregada doméstica", classificando como negativa não só a aparência das cubanas, mas também os trajes das domésticas. Com isso, sem citar o nome da jornalista, Dilma criticou abertamente os que têm preconceito contra a presença dos médicos no país. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, ela ressaltou que também vieram médicos de outros países, além de Cuba e reiterou que todos estão no Brasil para desempenhar o trabalho que os médicos brasileiros não querem fazer.
"É um imenso preconceito esse sendo externado contra os cubanos. É importante dizer que os médicos estrangeiros, não só cubanos, vêm ao Brasil para trabalhar onde médicos brasileiros formados aqui não querem trabalhar", disse.
Nesta terça-feira (27), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) solicitou à Procuradoria-Geral do Trabalho investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos. A entidade alega que o fato de os médicos não revalidarem os diplomas vai causar restrição de locomoção, o que, segundo a entidade, é uma das características do trabalho escravo.
Pelas normas federais, todos os profissionais receberão uma "bolsa formação" pelo serviço nas regiões carente, não existindo um contrato de trabalho. Por sua vez, o Ministério da Saúde se mostrou favorável à concessão de pagamento por intermédio de bolsa, visto que os médicos farão uma "especialização" na atenção básica ao longo dos três anos de atuação em solo tupiniquim.
Contudo, no caso dos médicos cubanos, os mesmos atuarão no país em regime diferente dos que se inscreveram individualmente no programa. No acordo feito entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), responsável pelo acordo com Cuba, os repasses financeiros serão feitos do Ministério para a própria Opas. A entidade repassará as quantias ao governo cubando, que pagará os médicos. Inicialmente, não se sabe quanto dos R$ 10 mil pagos por médico será repassado para os médicos cubanos. Porém, o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes, disse depois que a remuneração ficaria entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil.

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