A dona de uma lanchonete foi presa por suspeita de injúria racial e discriminação no município de Querência, no Mato Grosso (MT). De acordo com informações da Polícia Civil, Rosane Feipe Colligne, 53 anos, teria chamado o marido de uma de suas funcionárias de "preto", "macaco" e "gigolô". Após ser presa no último domingo (23), a dona da lanchonete pagou fiança e foi liberada. Ela nega o crime.
Em depoimento, o pedreiro Weverson Carlos Moreira, de 27 anos, foi ao estabelecimento para cobrar o pagamento da esposa, que havia trabalhado dois dias no local. Ele disse ainda que a esposa estava doente e, por isso, não poderia ir até a lanchonete para receber o dinheiro.
"Me apresentei, fui educado e ela me maltratou dizendo que não pagava dinheiro para homem, inclusive tentou me agredir com um telefone. Depois começou a me xingar de preto e macaco”, contou em entrevista ao G1.
Já a dona da lanchonete informou que o homem queria receber o pagamento pela mulher, mas ela não o conhecia. “Ele veio aqui dizendo que era marido dela, mas eu não sabia, então não podia pagar. Mas em nenhum momento eu toquei em assunto racial”, disse.
Para o delegado Deuel Paixão de Santana, responsável pela prisão, a atitude da mulher não tem justificativa. "Nada justifica usar qualquer premissa de raça ou cor para maltratar alguém, mesmo que qualquer montante de dinheiro esteja envolvido", afirmou. A vítima registrou boletim de ocorrência contra a mulher, que foi encaminhada à delegacia e autuada em flagrante por injúria qualificada por discriminação. Ela pagou fiança no valor de R$ 1.182 e deve responder pelo crime em liberdade.
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