Uma estudante de 15 anos, suspeita de participação na morte de Itaberli Lozano, contou em depoimento à Polícia Civil que presenciou o momento em que a mãe do jovem o matou com uma facada no pescoço. O crime teria acontecido dentro da casa da família, em Cravinhos, interior de São Paulo.
Segundo a testemunha, ela, o namorado, Victor Roberto da Silva, de 19 anos, e um amigo do casal, Miller Barissa, de 18, foram procurados pela mãe de Itaberli, a gerente de supermercado Tatiana Lozano Pereira, na noite de 28 de dezembro. Tatiana queria que os jovens matassem o filho e, para isso, armaria uma emboscada. A mãe teria então chamado o filho, que morava com a avó, para ir até sua casa com o objetivo de fazer as pazes.
"Assim que Itaberli entrou, Tatiana foi lá fora e disse-lhes: 'ele está na sala, vai lá', quando Victor e Miller entraram e passaram a agredir Itaberli ainda na sala, bateram bastante nele, mesmo assim Itaberli conseguiu correr para o quarto e os agressores foram atrás (...)", consta em um trecho do depoimento.
A menina disse Itaberli foi agredido pelos outros dois jovens até ficar desacordado dentro do quarto. Nesse momento, eles saíram do cômodo e ela ouviu Tatiana pegando algo em uma gaveta de talheres na cozinha.
“Tatiana entrou no quarto com a faca, a declarante foi até a porta do quarto e viu quando Tatiana virou a cabeça de Itaberli para o lado para cravar a faca em seu pescoço, não quis olhar a mãe matando o próprio filho, virou o rosto para não ver”, consta em outro trecho do depoimento. Em sua conta no Facebook, a adolescente reafirmou a história e contou que está sendo ameaçada de morte.
A adolescente foi liberada logo depois do depoimento, mas vai responder por homicídio qualificado, assim como a mãe, o padrasto da vítima e outros dois jovens que já estão presos. Para o ministério Público, o crime foi motivado por homofobia. Para o promotor Wanderley Trindade, a mãe não aceitava o fato do filho ser homossexual.
“O crime já está completamente desvendado, só faltam alguns detalhes. A coautoria está bem definida. Todos responderão pelo crime praticado. Quem desferiu o golpe, quem não desferiu, isso é indiferente”, disse Trindade.
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Redação iBahia
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