O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) está intensificando a partir deste ano o trabalho de promoção do país no exterior, visando a atrair o turistas estrangeiros, principalmente devido a megaeventos que vão ocorrer até 2016, como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A previsão é de que no ano da Copa (2014) visitem o Brasil 7,2 milhões de turistas, sendo que no ano passado estiveram no país 5,433 milhões de estrangeiros. O presidente da Embratur, Flávio Dino, destaca que está previsto o trabalho de promoção do Brasil em 25 feiras internacionais este ano. "São eventos onde os expositores levam seus produtos para serem vendidos na indústria turística de outros países, por isso o Brasil faz presença para apoiar a comercialização do turismo interno." Com o Ministério do Turismo, a Embratur vai participar ainda de 14 eventos em 13 mercados, além de outras ações por meio de parcerias que desenvolve com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A Embratur apoia financeiramente o MRE em promoções culturais no exterior, repassando recursos para embaixadas, segundo Flávio Dino. As campanhas de publicidade e a utilização da mídia digital como veículos de divulgação entram também com destaque na rotina do instituto, que era antes denominado Empresa Brasileira de Turismo. Para Flávio Dino, o país vive “uma boa situação, ao conjugar democracia política, crescimento econômico e distribuição de renda, e tem uma boa posição no mundo na atualidade”. “Junto a esses fatores, a situação cambial ajuda muito também [a incrementar o turismo]”, destacou. O Ministério do Turismo e a Embratur trabalham também para melhorar a preparação do país para receber os turistas, com a realização de cursos destinados a operadores da área. Segundo Flávio Dino, no exterior, um foco importante é que o Brasil "seja visto por todas as potencialidades que oferece e não apenas pelos recursos naturais que atraem a atenção do mundo”. “Isso é feito com o treinamento de operadores que comercializam o produto final para o Brasil." As maiores queixas dos turistas consultados se referem à situação das estradas brasileiras, às deficiências de sinalização e à mobilidade urbana. A ampliação de voos internacionais é outro ponto que está na agenda do Ministério do Turismo e da Embratur. Para isso, está sendo desenvolvido um programa de incentivo a voos fretados, já tendo sido lançado edital para fazer contratações. “Quanto mais oferta de assentos, menores serão os preços, atraindo mais visitantes.” O orçamento do instituto, incluindo os contingenciamentos anuais, vem oscilando em torno de R$ 200 milhões ao ano, mas conta com suporte do Ministério do Turismo, o que garante resultados importantes. O turismo é um setor movimentado especialmente pela iniciativa privada, lembra o presidente da Embratur. “O governo apenas formula políticas, mas na ponta está o empresariado, por isso é importante o trabalho de apoio institucional para otimização dos resultados.” O setor mostra mundialmente uma característica predominante de fluxo intrarregional. “O europeu costuma viajar mais dentro da Europa [83% das viagens], e na América do Sul também se verifica essa tendência”, ressaltou Flávio Dino. Cerca de 50% do turismo brasileiro são provenientes do próprio continente. Flávio Dino acredita que é possível aumentar os números da região para o Brasil. Ele prevê que vai aumentar muito o fluxo de turistas das Américas para o Brasil em 2014, pois a última Copa no continente ocorreu em 1978, na Argentina. Os países vizinhos deverão ter cinco ou seis seleções na Copa, por isso deverão vir muito mais turistas em 2014, por causa da tradição do futebol e de outros traços culturais da região.
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