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BRASIL

Empregos temporários devem crescer apenas 1,5% no final do ano

Apesar da oferta menor de vagas temporárias para o final deste ano, as empresas já estão contratando novos profissionais

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30/09/2014 às 9:22 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:08 - há XX semanas
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Não precisa entender muito de números para saber que este ano o cenário econômico não está bom para quase ninguém no Brasil. Com investimentos e indústria em baixa, as projeções do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, apontam para crescimento perto de zero este ano. Tem dúvidas sobre o trabalho temporário? Veja alguns direitosE “quando o calo aperta” para os empresários, o setor de pessoal, mais conhecido como RH, é um dos mais impactados. Prova disso são as previsões pouco animadoras para as tradicionais contratações temporárias para o Natal, data comemorativa mais importante do comércio varejista. Veja as oportunidades de emprego na Bahia e no Brasil A secretária geral da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de RH, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt), Joelma Dantas, acredita que o crescimento no número de vagas temporárias para as festa de fim de ano não ultrapasse 1,5% em relação a 2013, quando foram contratados 162 mil pessoas no país. “Com a instabilidade econômica, em parte provocada pelas Eleições, e PIB negativo em 0,6% no segundo trimestre deste ano, o setor de serviços inevitavelmente será impactado, assim como os demais setores. Com isso, teremos retração no mercado de trabalho”, analisa. Segundo Joelma, normalmente as contratações temporárias de fim de ano, com foco nas vendas no Natal e Réveillon, começam a partir de agosto e seguem até o início de dezembro. “Depende do ramo de atuação, mas a indústria costuma contratar mais cedo, por exemplo”, destaca. Se depender das andanças da universitária Camila Pimenta, de 22 anos, esse ano os trabalhadores temporários não terão muito o que comemorar. “Se fosse em outra época já estava participando de seleções, mas esse ano ainda não encontrei nada. Está muito fraco”, revela ela, que costuma trabalhar como vendedora em loja de shopping a fim de bancar a viagem de férias em janeiro. E essa dificuldade encontrada por Camila parece não ser um problema pessoal. A gerente de RH da Worktime, empresa de recrutamento e seleção com foco em trabalho temporário e mão de obra terceirizada, Isabela Cid, confirma que o mercado está acanhado. Ela conta que nesta mesma época do ano em 2013, a empresa estava com 320 vagas temporárias em aberto. Hoje, esse número caiu para 87, ou seja, quase quatro vezes menos do que o ofertado no ano passado. “As empresas estão se resguardando para ver como o mercado vai se posicionar. E essa definição não é mais para esse ano”, opina. De acordo com Isabela, para atender a demanda de fim de ano, a Worktime vem registrando um crescimento médio de 35% no número de vagas temporárias no último trimestre do ano comparado com o três meses imediatamente anterior. “Esse ano, se chegar a 10% de aumento já estamos felizes”, pondera. Apesar das perspectivas não serem animadoras, ela chama atenção para a possibilidade de abocanhar uma oportunidade. Estamos falando de crescimento, mas não significa dizer que não haverá vagas”, ressalta a gerente. Setores Os setores de comércio e serviços são os que mais prometem neste segundo semestre. Pelo menos é o que afirma o coordenador de pesquisas sociais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Roberto Pereira. “Existem boas perspectivas de trabalho para os vendedores e demonstradores, auxiliares administrativos, garçons, ajudantes de obras civis, dentre outros”. E se depender da análise dele, os baianos não precisam ficar tão preocupados com essas previsões desanimadoras: “A intensidade de crescimento do mercado de trabalho está menor que a do ano passado, mas ainda sim crescendo. E a Bahia continua sendo o estado do Nordeste que mais gera empregos formais, acumulando de janeiro a julho um saldo de mais de 27 mil novos postos”. Apesar de realista, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Antonie Tawil, garante que o varejo vai ampliar os eu quadro de pessoal para atender a demanda de fim de ano. “Os varejistas estão abastecidos e vão aproveitar os meses de novembro e dezembro para se recuperar”. Ele diz que, em Salvador, historicamente, são gerados entre 10 e 12 mil posto de trabalho temporários no Natal. Para este ano, ele acredita que esse número fique em torno de 8 a 10 mil postos somente na capital.
“Primeiro, os horários dos shoppings são estendidos. Segundo, como as vendas dobram nos dois últimos meses do ano, preciso contratar mão de obra para dar conta do recado”, justifica.
Para amenizar os prejuízos, Tawil revela que o setor está preparando uma série de ações para estimular o consumo. “Vamos ter o quarto feirão do nome limpo. As instituições financeiras também vão oferecer financiamentos mais atrativos a curto prazo”, adianta ele, ressaltando: “Não vamos cruzar os braços”. Temporário ganha em média R$ 974, diz pesquisa Ensino médio completo, flexibilidade de horário, facilidade de relacionamento, gostar de vendas e saber trabalhar em equipe. Quem tem essas qualidades, já tem meio caminho andado na hora de conseguir uma oportunidade de fim de ano. Segundo a secretária geral da Fenaserhtt, Joelma Dantas, esses são os pré-requisitos básicos das vagas temporárias. Segundo ela, a indústria é responsável por cerca de 30% dos postos de fim de ano. No entanto, é no comércio que há a maior oferta no período, com 70% dos postos. “Final de ano é o período no qual o consumo se intensifica devido ao pagamento do décimo terceiro salário aos trabalhadores e às confraternizações”, justifica. Os interessados devem ficar de olho nos shopping centers, supermercados, lojas de departamentos e de rua, pois eles costumam ser os maiores contratantes nesta época do ano. Os salários são atrativos e compatíveis com o piso da função para a qual o temporário será contratado. Em 2013, o salário médio pago pelo comércio foi de R$ 974, 11,8% mais do que no mesmo período de 2012, variando entre R$ 750 e R$ 1,2 mil, de acordo com pesquisa da Fenaserhtt. Mas quem melhor remunerou foi a indústria, com uma média salarial de R$ 1.225, 6,1% mais do que em 2012, com valores entre R$ 950 e R$ 1.5 mil. “Em 2014, seguindo o índice médio de reajuste do setor, a remuneração deve ser até 8% maior”, estima Joelma. A gerente da Unidade Central do SineBahia, Joilma Nobre, diz que as funções mais demandadas no período são vendedor, operador de caixa, fiscal de loja, repositor, demonstradores, atendente, empacotador, padeiro, forneiro, fiscal de prevenção, garçom, cozinheiro, auxiliar de cozinha, barman, camareira, mensageiro e auxiliar de limpeza. “Nossa projeção é intermediar entre 3 mil e 3,5 mil trabalhadores”, destaca ela, informando que as contratações normalmente começam a partir da segunda quinzena de outubro.

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