|
---|
Em matéria publicada pela revista Exame nesta sexta-feira (9), o especialista em negócios digitais, Fernando de La Riva, falou sobre as tendências para o ramo no Brasil, onde há dinheiro para capital semente, mas pouco para investimentos subsequentes. Segundo de La Riva, pode se dizer que o que era tendência há algum tempo nos Estados Unidos, como ferramentas de trocas de mensagens, ecossistema de APIs, mobile, social, clound, sensores e big data, nos dias atuais "são ferramentas estáveis para construção de novas tendências". No Brasil, entretanto,"apesar de podermos considerar esses itens ainda como novidade, não há estrutura de financiamento suficiente para emplacá-los". A primeira tendência pontuada pelo especialista é a emergência de uma nova geração de produtos B2B2C, ou seja, "criados para empresas que já tenham clientes e capacidade para cobrar, provisionar e atender, o que elimina alguns riscos". "Outra aposta são os startups, que resolvem problemas de burocracia, classes de ativo como financiamento imobiliário, por exemplo, que no Brasil não funcionam na mesma velocidade que o crédito automotivo", pontuou. Outra tendência que aparece como exemplo de sucesso é o mercado de produtos para crianças, como o aplicativo PlayKids na Apple Store. "O IPO da Abril Educação 2011 mostra como pode ser grande a oportunidade para startups ligadas à educação, uma vez que é alto o poder da venda recorrente para a população brasileira, ainda jovem. Por fim, devem aparecer dúvidas de novos investimetos em varejo, a não ser para players já estabelecidos", escreveu na matéria. Para finalizar, de La Riva resume que o novo modelo de investimento em capital "de risco" deve ser "mais cauteloso", "baseado em startups ligadas a grupos já estabelecidos que buscam receita recorrente e inovação de produtos para usuários já existentes".