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Especialistas querem ampliar acesso de bebês a teste da linguinha

O teste permite diagnosticar precocemente a chamada língua presa

• 03/11/2012 às 20:47 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:12 - há XX semanas

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A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFA) quer ampliar o acesso de bebês ao teste da linguinha, que permite diagnosticar precocemente a chamada língua presa. Desde setembro deste ano, uma lei municipal determinou que o teste, criado em 2011, seja oferecido gratuitamente em Brotas (SP). No município, o teste da linguinha está disponível para 25 crianças que nascem, em média, por mês, na unidade hospitalar Santa Therezinha. Agora, a ideia é sensibilizar parlamentares para que o teste possa ser oferecido gratuitamente em todo o país. A fonoaudióloga Roberta Martinelli, criadora do exame, explica que as alterações do frênulo lingual, que fica embaixo da língua, podem comprometer o desenvolvimento de pessoas da infância à fase adulta. Isso porque a língua presa interfere na maneira de sugar, mastigar, engolir e falar. Nos recém-nascidos, as limitações dos movimentos da língua podem dificultar a amamentação e levar ao desmame precoce. Roberta destaca que o problema estressa as mães que não entendem porque as crianças mordem o peito com a gengiva, ficam cansadas e mamam com muita frequência. O problema pode estar no frênulo da língua, que dificulta os movimentos para sugar o leite materno. “A maioria das mães não sabe”, disse ela, que apresentou o teste no 20º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, que termina neste sábado (3) em Brasília. Segundo a presidenta da SBFA, Irene Marchesan, que estuda o frênulo da língua em crianças e adultos desde 1983, o ideal é que o exame seja feito no primeiro mês de vida do bebê. Quando necessário, a criança é encaminhada para um procedimento cirúrgico, um pequeno corte na língua, que resolve o problema. De acordo com Irene, a SBFA quer que haja o treinamento de profissionais para fazerem o teste. Segundo ela, inicialmente, a ideia é capacitar fonoaudiólogos, mas nada impede que no futuro outros profissionais de saúde possam ser preparados também. De acordo com Roberta Martinelli, não existem estudos recentes para estimar o número de pessoas que têm a língua presa, mas uma pesquisa da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, de 2002, constatou que aproximadamente 16% dos bebês com dificuldades com a amamentação tinham a língua presa naquele país. No Brasil, no ano passado, uma pesquisa feita com 100 bebês, em Brotas, constatou que 15% tinham alteração no frênulo. Segundo ela, em outros países os profissionais da saúde fazem um teste apenas visual no bebê para descobrir se há algum problema. No teste da linguinha, o fonoaudiólogo avalia o frênulo do bebê, observa o movimento da língua enquanto a criança chora e observada a maneira como o bebê mama. “O teste não dói”, destaca Roberta.

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