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BRASIL

Estímulo à indústria da defesa puxa desenvolvimento tecnológico

"Por ser ligada à segurança nacional, está fora das normas da OMC, o que nos permite privilegiar a indústria brasileira", declarou Celso Amorim

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04/10/2013 às 23:24 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:06 - há XX semanas
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O ministro da Defesa, Celso Amorim, aproveitou a visita que fez nesta sexta-feira (4) a uma exposição de produtos da indústria da defesa brasileira para reiterar a decisão estratégica do governo de criar e fortalecer empresas nacionais para atuarem no setor. Amorim, no entanto, vê com bons olhos a cooperação com outros países, desde que o objetivo seja proporcionar ao Brasil “um salto" em setores nos quais o país levaria muito tempo para atuar sozinho. “Um aspecto muito importante é que a indústria da defesa, no mundo inteiro, puxa o desenvolvimento tecnológico. Por ser ligada à segurança nacional, está fora das normas da OMC [Organização Mundial do Comércio], o que nos permite privilegiar a indústria brasileira. Temos instrumentos legais que nos permitem fazer isso”, disse o ministro, em visita à 2ª Mostra BID Brasil, na Base Aérea de Brasília. Amorim referia-se ao Programa Brasil Maior, voltado para outras indústrias, além da de defesa, e à lei que criou a Empresa Estratégica de Defesa e o Produto de Defesa. “Essa lei foi regulamentada, e acredito que deve resultar, no prazo máximo de um mês e meio, no registro das primeiras empresas brasileiras. Elas terão vantagem tanto na área da licitação quanto na parte tributária, que necessita ainda de regulamentação", ressaltou o ministro. Amorim lembrou que isso é importante para garantir competitividade para a indústria nacional. "Um trabalho conjunto, que requer dedicação, imaginação e esforço dos nosso empresários, mas que precisa também do apoio do governo, seja como comprador, com regularidade, seja como incentivador de medidas.” O ministro não descarta parcerias, apoio ou cooperação com outros países para que as empresas brasileiras ganhem tempo no desenvolvimento de tecnologia de ponta. “Não rejeitamos a cooperação internacional. Ao contrário, temos muito interesse, desde que sirva para duas coisas: primeiro, para dar salto em setores que levaríamos muto tempo para atuar sozinhos. Em segundo, desde que [a cooperação] seja dada de maneira que não percamos autonomia sobre a essência da nossa defesa. Não seremos dependentes, nem vulneráveis. Isso é essencial.” Celso Amorim destacou ainda que a atuação frequente do Brasil em operações de paz e disse que isso também exige uma capacidade de tecnologia adequada, principalmente em termos de comunicação e de equipamento pessoal.

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