A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem as regras para o registro de kits de diagnóstico de Aids vendidos em farmácia, o chamado autoteste. Esse é o primeiro passo para que empresas interessadas iniciem o processo para a comercialização do produto. A análise da presença do HIV é feita pelo teste na saliva. O texto aprovado traz uma série de regras para embalagem do kits. Eles devem trazer estampadas frases alertando sobre os riscos de falha no resultado. Há tanto a possibilidade de ele ser “falso negativo” (o kit aponta erroneamente que o consumidor não tem HIV), quanto de ele ser falso positivo (indica que o consumidor tem HIV, quando de fato ele não tem).
As embalagens devem trazer ainda o telefone do Disque Saúde – serviço do Ministério da Saúde e de uma central telefônica, que tem de ser mantida em funcionamento pela empresa de forma ininterrupta, para dar orientações ao consumidor, caso seja necessário. Com a aprovação, o Brasil passa a ser o quarto país no mundo com regras que permitem a venda de kits de diagnóstico para HIV em farmácias. O presidente da Anvisa, Gustavo Porto, afirma que o teste deve servir como triagem. “Ele não é definitivo. Caso o resultado seja positivo, o ideal é que o paciente procure um serviço de saúde para realização de outros testes confirmatórios”, contou. Há ainda o problema da janela imunológica. O teste identifica a presença de anticorpos, uma reação do organismo ao agente infeccioso. Essa reação, no entanto, não é instantânea. Por isso, há casos em que a pessoa pode ser portadora do HIV, mas que ainda não apresente um número de anticorpos suficiente para ser detectado no teste. O autoteste é diferente do teste rápido, usado em campanhas de detecção de HIV. Porto afirmou que parte dos fabricantes do teste rápido está interessada em produzir também o autoteste.
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