A adolescente de 14 anos que matou o pai, de 34, com um tiro de espingarda após ter sido estuprada contou, em depoimento à polícia, que "faria (o crime) de novo". A morte aconteceu na noite da última terça-feira, na casa da família, no Ramal da Cachoeira, na zona rural de Tarauacá, mas somente no dia seguinte ela foi ouvida pelas autoridades. Segundo o presidente do Conselho Tutelar da região, José Carlos Bezerra, que acompanhou a oitiva, a jovem já está recebendo apoio psicológico.
"Ela está abalada, mas não chorou. Em depoimento, ela disse que faria (o crime) de novo porque já vinha sendo abusada pelo pai há vários. Ela disse que isso (os abusos) poderiam acontecer a qualquer momento (caso o pai estivesse vivo)", contou José Carlos.
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Segundo o conselheiro, a jovem ficou em silêncio quando esteve no Ministério Público acompanhada da mãe. Nesta manhã, ela está sendo ouvida por uma psicóloga, que deve divulgar um laudo, a partir do qual as autoridades vão decidir se a adolescente será levada para um abrigo.
O crime aconteceu por volta das 23h. O homem teria chegado em casa alcoolizado e usou uma faca para ameaçar a filha, que foi obrigada a manter relações sexuais com ele. A menina resistiu, acordando a mãe.
A mulher iniciou uma luta com o companheiro. Nesse momento, a adolescente pegou uma espingarda com a qual atirou contra o pai.
O caso segue sendo investigado por agentes da Delegacia de Tarauacá.
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Redação iBahia
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