Os juros do cheque especial atingiram novo recorde em julho, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Pesquisa divulgada hoje (9) pela entidade mostra que a taxa média desse tipo de operação de crédito chegou ao patamar mais alto desde fevereiro de 2005: 8,27% ao mês (159,48% ao ano). De junho para julho, a taxa mensal do cheque especial aumentou 0,17 ponto percentual. De acordo com a Anefac, a alta seguiu tendência geral de aumento nos juros cobrados tanto de consumidores como de empresas. A pesquisa aponta que a taxa de juros média das operações de crédito para pessoas físicas ficou praticamente estável, com alta de apenas 0,04 ponto percentual de junho para julho (6,8% para 6,84% ao mês). Das seis linhas de crédito ao consumidor pesquisadas, cinco tiveram alta nos juros (crediário, crédito direto ao consumidor - CDC - ofertado pelos bancos, empréstimo pessoal em bancos, empréstimo pessoal em financeiras e cheque especial). Só os juros dos cartões de crédito mantiveram-se estáveis. A taxa de juros média do crédito a empresas aumentou 0,09 ponto percentual, de 3,96% ao mês em junho para 4,05% no mês seguinte. As três linhas de crédito a empresas pesquisadas pela Anefac (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida) apresentaram alta nos juros na comparação entre junho e julho. Segundo a Anefac, as altas refletem as medidas que o Banco Central vem tomando desde dezembro para conter a inflação e a oferta de crédito. Nesse período, o Banco Central aumentou em 1,75 ponto percentual a taxa básica de juros da economia (Selic), de 10,75% para 12,5% ao ano. No mesmo período, a taxa média de juros anual do crédito a pessoas físicas subiu 1,24 ponto percentual, de 119,97% para 121,21%. Nas operações de crédito para empresas, a alta foi de 4,58 pontos percentuais, de 56,45% para 61,03%. As informações são da Agência Brasil.
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