O delegado Mário Lamblet afirmou, na manhã desta quinta-feira (14), que o médico Wagner Alberto de Moraes disse, em depoimento à polícia, que a modelo Raquel Santos, 28 anos, chegou viva e falando ao Hospital Icaraí, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A finalista do concurso Musa do Brasil morreu na última segunda-feira (11), horas depois de se submeter a um procedimento estético para preenchimento do bigode chinês, que são as linhas de expressão que vão do nariz ao canto da boca, na clínica de Wagner, que é marido de Ângela Bismarchi.
O depoimento contraria a versão do viúvo de Raquel, Gilberto Azevedo, 33 anos, que afirma que ela chegou desacordada e com o rosto arroxeado ao hospital. "Ainda dependemos dos exames feitos pelo IML (Instituto Médico-Legal) para indicar qual foi o motivo que levou a modelo à morte", disse o delegado. Gilberto será ouvido novamente na sexta-feira (15). Segundo informações do site 'Extra', o médico chegou à delegacia por volta das 11h e não quis falar com a imprensa.
Na saída, pouco antes das 14h, ele disse que estava "tranquilo". "Fiz apenas a aplicação de uma substância subcutânea. Só descobrimos depois que ela era usuária de anabolizantes e fumava". Wagner afirmou que está à disposição da polícia para qualquer esclarecimento necessário. De acordo com a polícia, os médicos que atenderam Raquel no Hospital Icaraí prestaram depoimento às 18h. O objetivo do delegado é definir qual foi o local onde a modelo morreu e quais seriam as causas da morte.
Foto: Marcos Mello/Divulgação |
Depoimentos
Wagner admitiu que não é integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), informação que já havia sido divulgada pela instituição. O médico explicou ainda que o local onde atende não é uma clínica, mas sim um consultório. Ele ainda alegou que pode realizar pequenos procedimentos estéticos no local. O delegado afirmou que vai enviar ofícios aos órgãos competentes para averiguar a necessidade de o médico ser integrante da SBCP para atuar como cirurgião plástico. Wagner foi proibido pela SBCP de continuar operando após a morte da modelo. "Repudiamos veementemente a atuação de médicos não especialistas em cirurgia plástica, que por falta de formação especifica, colocam em risco a segurança e a vida de seus pacientes conquanto descumprem indiscriminadamente os ditames legais", diz o comunicado da SBCP.
Morte
Raquel começou a sentir falta de ar ainda na clínica de Wagner, após fazer o procedimento estético. Nos primeiros momentos, de acordo com o marido de Raquel, o médico se ausentou e as enfermeiras teriam dito que estava tudo normal. Quando o estado de saúde da modelo se agravou, Wagner orientou que ela fosse levada a um hospital. Gilberto a levou em um carro, e o médico acompanhou em outro veículo. "O médico nos trouxe um documento que segundo ele teria sido preenchido pela modelo, no qual ela informava que nunca tinha feito cirurgias plásticas, nem utilizava medicamentos ou estimulantes de uso veterinário", disse a polícia.
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