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MPE quer reabrir investigações do caso Isabella Nardoni

O interesse pela reabertura do caso se deu após confissão de funcionária do presídio onde está madrasta da criança

• 15/12/2014 às 21:08 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:35 - há XX semanas

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O Ministério Público Estadual (MPE) pediu que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) reabra o inquérito policial para investigar mais uma vez as circunstâncias da morte de Isabella Nardoni, de cinco anos, em 2008. O interesse pela reabertura do caso se deu após o depoimento de uma funcionária do Presídio de Tremembé, em São Paulo, que ouviu uma confissão da madrasta da vítima, Anna Carolina Jatobá. Segundo a funcionária, Anna Carolina teria afirmado que o avô da criança, Antônio Nardoni, estaria envolvido no crime, orientando que o casal simulasse um acidente para justificar a morte da menina. Apesar da revelação, o advogado da família Nardoni, Roberto Podval, afirmou que a investigação será arquivada caso o DHPP investigue o avô de Isabella. "Estão transformando uma fofoca em caso de polícia. É óbvio que a Promotoria não pode ficar sem fazer nada, mas eu não vejo futuro para a investigação", disse. Anna Carolina negou que tenha feito as afirmações sobre o sogro e Antônio, por sua vez, também negou envolvimento no caso. "Eu tenho a minha consciência tranquila. Eu nunca faria isso. Quando ela ligou, ligou dizendo que a Isabella tinha caído", disse.
Menina Isabella morreu ao ser jogada de janel
ConfissãoSegundo depoimento da funcionária prisional, dado ao "Fantástico", Antônio Nardoni teria orientado o casal a simular um acidente porque eles achavam que a menina já estava morta, depois de agressões dentro do carro da família. "Eu me sinto no dever de contar", diz ela, que não se identifica por temer represálias. Ela conheceu Ana Carolina Jatobá em 2008 na cadeia de Tremembé. Fora da cadeia, Ana Carolina nunca confessou o crime e manteve que era inocente. Dentro da cadeia, a madrasta de Isabella contou uma versão diferente, diz a funcionária - ela assumiu ter batido na menina dentro do carro e disse que foi Alexandre, o marido, quem jogou a garota pela janela. Ela também acusou uma terceira pessoa de envolvimento no caso - Antonio Nardoni, sogro dela e pai de Alexandre. Segundo a funcionária, as agressões a Isabella começaram dentro do carro quando a família voltava do supermercado. "Falou que ela bateu na menina porque a menina não parava de encher o saco. Que a menina estava enchendo muito o saco. Que não era para ser tão grave. Pensou que matou, pensou que a menina estivesse morta", afirmou. Os dois ficaram nervosos com a situação. "Ele (Alexandre) colocou a menina no chão achando que ela estivesse morta e aí ela ligou para o sogro. Falou que matou a menina e ele falou 'Simula um acidente para você não ser preso", diz. "Aí eles tiveram a ideia de jogar ela", diz. Alexandre teria entrado em choque depois, ao perceber que Isabella ainda estava viva, quando desceu do apartamento após a queda da filha. Na época do crime, com a quebra do sigilo telefônico do casal, ficou comprovado que, a partir das 23h51 da noite da morte de Isabella, Antônio Nardoni e Anna Jatobá conversaram durante 32 segundos. A funcionária disse que Ana Carolina não denuncia o sogro porque ele é quem sustenta a família, inclusive mandando coisas para ela e Alexandre na cadeia. "Com certeza, é pelo silêncio dela. Ela recebe muita coisa de fora. Coisas que outras presas não recebem. Vários tipos de queijos, brincos. O colchão que ela dorme é especial. Foi presente do seu Nardoni para ela. Porque estava dando problema na coluna dela o colchão da penitenciária", contou. Terça-feira passada, a funcionária procurou o Ministério Público de São Paulo para prestar depoimento sobre o caso. "Essa história me pesava na consciência (...) Eu só não sabia o meio legal de denunciar sem me comprometer", afirmou. O MP prometeu sigilo à investigação. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e dez dias de prisão e Jatobá a 26 anos e oito meses de prisão por homicídio triplamente qualificado. O procurador Francisco Cembranelli, que foi o promotor público à frente do caso, disse que o depoimento novo é "convincente" e pode levar à reabertura das investigações. "Durante a investigação havia uma suspeita, sim (de que Antonio tivesse envolvimento no caso), mas não conseguimos trazer a responsabilidade para outras pessoas", explicou Cembranelli.
Correio24horas

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