Uma estudante de 22 anos registrou um boletim de ocorrência por agressão contra o ex-namorado dias antes de voltar à Delegacia da Mulher de Recife e denunciá-lo por estupro. A vítima publicou no Twitter um relato sobre o que aconteceu e vem movimentando as redes sociais desde domingo.
"Meu ex-namorado me agrediu fisicamente e verbalmente, além de me prender até quase 4 da manhã no apartamento dele - e só consegui sair por intervenção da sua mãe. Fiz o primeiro boletim de ocorrência e pedi (medida) protetiva, mas ele me pediu ajuda e ontem (sábado, dia 4) me ligou dizendo que ia se suicidar. Fui até a casa dele, onde ele me estuprou, e me violentou", diz o post.
Em entrevista ao EXTRA nesta quinta-feira (9), a pernambucana explicou que o jovem de 25 anos começou a ficar agressivo após ela ter se recusado a testemunhar a favor dele em casos de agressão a outras mulheres. O relacionamento durou pouco menos de dois meses, mas o fotógrafo não teria aceitado o término. De acordo com ela, seu ex-namorado se aproveita de condições psicológicas para violentar uma série de mulheres.
— Ele começou a ameaçar até mesmo uma amiga minha, dizendo que ela era uma "puta feminista". Quando fui à casa dele, gritou que eu o tinha traído, o abandonado. Ficou agressivo, começou a me bater — contou.
A estudante compartilhou um print de uma conversa entre ela e o agressor no WhatsApp. "Você quer se fazer de coitadinha por umas ronchas, é? Me bota no Maria da Penha então, pô. Vai lá. Você foi uma ingrata", disse o ex-namorado.
Depois minutos depois, o jovem afirmou: "F*-se que eu fui um pouco firme. A paciência acaba". E ainda: "Desculpa se te machucou".
Internautas estão se solidarizando com a vítima. Uma advogada ofereceu ajuda para ela pelo Twitter e outros usuários da rede social registram mensagens de apoio.
"Não sou um amigo próximo, mas se um dia precisar de uma palavra amiga ou se eu puder fazer algo para te ajudar conta comigo, beleza? Seja firme, o destino toma conta de todos. Pode ter certeza disso", disse uma pessoa no Twitter.
No entanto, um internauta que se identificou como o pai do agressor, disse duvidar da acusação de que seu filho seja um estuprador, mas não descarta a hipótese de que ele possa ter agredido a estudante.
"Eu sou o pai de Diogo. Ele te estuprou realmente? Eu acho que não, pelo que ele me relatou, e o irmão, que estava no quarto ao lado. Ele te agrediu? Acho que sim. Mas não te espancou. Se sim ou se não, isso deve ser decidido na Justiça", diz a publicação.
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Redação iBahia
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