A professora Samira Soraes, de 28 anos, afrimou ter sofrido racismo de um comissiário, durante um voo que fazia a rota Santiago, capital do Chile, e Guarulhos, em São Paulo. A baiana contou que, após usar o banheiro do avião, o funcionário pediu que ela retornasse e limpasse o local.
De acordo com o g1, o caso aconteceu em um voo da empresa JetSmart, no dia 15 de maio, quando a professora retornava para Salvador, após passar férias com a companheira.
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“Quando o voo já tinha decolado, eu levantei para ir no banheiro. Quando eu lavei minhas mãos, respingou água no carpete, normal, como acontece com todo mundo em um banheiro apertado durante o voo”, disse a professora ao g1.
“Eu sequei a minha mão e escutei uma batida muito forte na porta. Quando abri, já estava esse comissário, visivelmente branco, e duas funcionárias mulheres”.
A professora relatou que o comissário entrou no banheiro e, perguntou, com o tom de voz alto, da porta do cômodo, se ela tinha molhado o local. Neste momento, Samira já estava se acomodando na poltrona.
“Eu achei aquilo estranho, porque ele falou espanhol e perguntei o que aconteceu. Ele disse: ‘Você usou o banheiro?’ Aí eu disse: ‘Claro’ e ele falou: ‘Aparentemente está molhado’ e eu expliquei que tinha lavado as mãos e enxugado”.
“Ele disse: ‘Você tem que voltar e limpar o banheiro’. Naquele momento, eu fiquei em estado de choque e lembrei do caso da Gol”, completou.
O caso da Gol no qual Samira, que nasceu em Lençóis, mas mora em Salvador, se refere é o de Samantha Vitena, que foi expulsa de um voo da companhia aérea após se recusar a despachar a bagagem de mão.
"Fiquei toda me tremendo. Ele nunca falaria isso com uma pessoa branca”, desabafou Samira. Segundo ela, outras pessoas usaram o banheiro além dela e não houve nenhum questionamento por parte do comissário.
Redação iBahia
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