Uma moradora de Montes Claros, município de Minas Gerais, tem enfrentado problemas para marcar um exame ginecológico pelo plano de saúde Unimed "por ter nome de homem".Ivaney Lopes Cardoso, 46 anos, foi a um laboratório conveniado do plano com um pedido para a realização de exames para comprovar a suspeita de gravidez. No entanto, mesmo tendo levado a a carteira do plano, a identidade o pedido do médico, foi impedida de fazer o procedimento. "Fiquei 15 horas sem comer e não fiz os meus exames por causa de uma justificativa absurda [...] Não pude fazer os exames ginecológicos porque dizem que tenho nome de homem", contou. "É um descaso e eu fiquei indignada", desabafou.Ivaney questiona a justificativa para a não realização dos exames, já que em fevereiro deste ano ela esteve no mesmo laboratório, usando os mesmos documentos, e não foi barrada pelo plano. Por conta do constrangimento e dos transtornos, ela registrou um boletim de ocorrência e agora pretende acionar a Justiça. Em nota, a Unimed afirmou que o cadastro de Ivaney foi corrigido e que ela já pode fazer os exames ginecológicos.De acordo com a puração realizada pelo G1, em Montes Claros, há 14 pessoas registradas como Ivaney e Ivanei, e apenas uma delas é mulher. Mesmo com os problemas que tem enfrentando, ela não pretende trocar de nome - mudança que é permitida pela lei.“A minha mãe escolheu Ivaney com todo amor, ela acha lindo e eu também, não vou mudar de nome. Era o sonho dela e do meu pai de ter uma filha", contou ao citar que além dela, os pais têm outros sete filhos, todos homens.
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