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Trabalhadores retomaram atividades nesta segunda-feira |
Após o fim da greve dos funcionários que participam das obras do Mineirão, o canteiro de obras do estádio voltou a ficar movimentado nesta segunda-feira (20). O movimento grevista foi iniciado na última quarta, quando o sindicato da categoria reivindicava melhores condições na estrutura do trabalho, aumento do piso-salarial, além de outros benefícios, como o fornecimento de cesta básica e plano de saúde.O secretário da Secretária Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) de Minas Gerais, Sérgio Barroso, procurou minimizar o incidente dos últimos dias e, mais uma vez garantiu, que o cronograma das obras do estádio não foi afetado pelos cinco dias de paralisação."Todos estão de volta ao trabalho e retomamos os trabalhos normalmente, então é bola pra frente. O Mineirão estará entregue à prática esportiva em 31 de dezembro de 2012, conforme previsto. Os cinco dias perdidos serão recuperados posteriormente", disse.Questionado se o acordo entre funcionários e a empresa responsável pela obra – a Minas Arena – seria um indicativo de que as condições de trabalho não eram adequadas, Sérgio Barroso desmentiu a hipótese. Entre outras reclamações, estava, por exemplo, a queixa do número de chuveiros com água quente disponibilizados. "As condições não estavam precárias. Tanto que temos todas as informações, todos os chuveiros, os banheiros, a comida, tudo de acordo com o Ministério do Trabalho".No entanto, o chefe da Seção de Segurança e Saúde do Trabalhador da Secretária Regional do Trabalho (SRTE-MG), Ricardo Deusdará, em conversa com a reportagem dá Rádio CBN, afirmou que a reclamação referente ao número de chuveiros, por exemplo, procedia. Segundo ele, pelo número de funcionários da obra, cerca de 500 no momento, deveriam estar instalados cerca de 50 chuveiros.Atualmente, a obra do Mineirão está na terceira e última fase das obras. Esta fase é a mais cara das obras, e está orçada em cerca de 654 milhões de reais. Segundo a assessoria de imprensa da Secopa, o acerto firmado entre os trabalhadores e a empresa contratada para a reforma do estádio não irá interferir no valor da obra. Isso porque, como o modelo firmado foi de uma parceria público-privada (PPP), caso o valor ultrapasse aquilo firmado entre o Governo do Estado e a Minas Arena, o ônus ficará com a empresa, que é de iniciativa privada.
BenefíciosA última rodada de negociação foi em audiência de conciliação e instrução no Tribunal Regional do Trabalho, realizada na noite de sexta-feira (17/06), entre a Minas Arena e os representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região (STIC BH) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop MG).O acordo prevê os seguintes benefícios:- Fornecimento de cesta básica/cartão alimentação no valor de R$ 60,00 a partir de 10/07/11 (cesta ou cartão). - Estabilidade de trabalho para os operários que fazem parte da comissão de representantes dos empregados. - Pagamento como participação nos lucros proporcional ao tempo de serviço na obra, no valor de até R$660,00. - Apresentação de um plano de saúde para os trabalhadores até o final de junho.- Pagamento de adicional de hora extra de 100%. - Reajuste salarial com aumento de 4% de forma linear para todos os empregados.De acordo com Ricardo Barra, presidente da empresa Minas Arena, "todas as reivindicações foram atendidas e os operários ausentes compensarão os dias que estiveram em paralisação no regime de oito horas".
*Com informações do Globoesporte.com