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BRASIL

Pesquisa: brasileiro pretende reduzir gastos por causa de dívidas

Segundo a pesquisa, 41% dos brasileiros têm dívidas

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12/12/2012 às 20:21 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:45 - há XX semanas
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Apesar da melhora de renda, os consumidores brasileiros pretendem reduzir os gastos nos próximos meses, revela pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 60% da população planejam consumir menos por dois motivos: o endividamento e a perspectiva de retração da economia. Isso ocorrerá apesar de 87% dos entrevistados terem dito que o orçamento doméstico aumentou ou permaneceu estável nos últimos 12 meses. Segundo a pesquisa, 41% dos brasileiros têm dívidas. Desse total, 42% disseram ter chegado ao limite de comprometimento do orçamento familiar e 38% admitiram ter prestações em atraso. Além disso, 55% dos consumidores endividados informaram ter mais dívidas agora que em dezembro do ano passado. Os bancos representam a maior fonte de endividamento dos brasileiros. De acordo com a CNI, entre as pessoas que estão pagando algum tipo de parcelamento de compras, empréstimo ou financiamento, 41% devem para um banco. As lojas concentram a dívida de 31% dos consumidores. Outros 29% devem às administradoras de cartão de crédito, 15% a financeiras e 8% a amigos e parentes. A soma é superior a 100% porque cada entrevistado podia apresentar mais de uma opção. Para diminuir o endividamento, os consumidores têm cortado primeiramente os gastos com lazer, viagens e práticas esportivas. Nos últimos três anos, 18% da população gastaram menos com esses serviços. Em contrapartida, subiram as despesas com saúde e cuidados pessoais, como higiene e beleza. Mesmo com as perspectivas de diminuição dos gastos supérfluos nos próximos meses, o levantamento indicou que os brasileiros pretendem continuar comprando e viajando nos próximos seis meses. Conforme a pesquisa, 63% dos entrevistados disseram que planejam comprar um bem durável no próximo semestre. Os bens mais procurados são materiais de construção, automóveis, computadores e televisão. Na avaliação dos consumidores, a queda dos juros em 2012 foi insuficiente para estimular os gastos. De acordo com a CNI, 58% dos entrevistados disseram que não vão consumir mais porque os juros caíram. Em relação ao planejamento financeiro, prevalece, na população, a noção de que o valor da prestação é mais importante que as taxas de juros na hora de contratar um financiamento. Segundo a pesquisa, 69% dos consumidores disseram concordar com essa afirmação. No entanto, 64% declararam que as compras a prazo devem ser reservadas apenas para bens de alto valor. O estudo apontou ainda que 28% dos brasileiros tiveram aumento da renda familiar nos últimos 12 meses. Os ganhos se concentraram nas maiores faixas de renda: 47% dos entrevistados com rendimento superior a dez salários mínimos alegaram terem notado melhora do orçamento doméstico neste ano, contra 17% entre os que recebem até um salário mínimo. Para 59% dos trabalhadores, a renda familiar ficou estável no período. Feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a pesquisa ouviu 2.002 entrevistados em 141 municípios de todo o país.

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