Além do aumento superior a 10% da gasolina nas refinarias e da alta de 2,5% no GLP industrial, a Petrobras acaba de anunciar nova elevação de preços. Desta vez, a estatal está subindo em 12,2% o preço do gás de botijão, o GLP residencial. A alta passa a valer nesta quarta-feira, dia 6.
Em nota, a estatal disse que o aumento é reflexo dos "estoques muito baixos e eventos extraordinários, como os impactos do furacão Harvey na maior região exportadora mundial de gás liquefeito de petróleo". Isso, diz a empresa, "têm tido influência significativa no comportamento dos preços do GLP no mercado internacional e o Gemp considera que este cenário deve ser considerado nos ajustes de preços do produto para uso residencial".
Mas a estatal diz que novas variações poderão ser aplicadas ainda em setembro. "A correção aplicada neste momento não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Uma nova avaliação do comportamento deste mercado será feita pelo Gemp em 21 de setembro". A Petrobras disse que "a região de Houston (Texas) é a maior exportadora mundial de GLP, atendendo mercados importadores como Europa e Extremo Oriente". Com isso, os terminais da região foram impactados e permanecem fora de operação.
Em nota, o Sindigás, que representa as empresas do setor, disse que o reajuste oscilará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de suprimento. "A correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional, com isso, o Sindigás calcula que o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento", destacou o sindicato.
O sindicato se mostra preocupado com os aumentos do gás para a indústria e comércio. "Na avaliação do Sindigás, o aumento do GLP para embalagens que atendem o comércio e a indústria é preocupante, pois afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos. Com o aumento de preços, o Sindigás calcula que o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos ficará 39,94% acima da paridade de importação", destacou.
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Redação iBahia
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