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Polícia Federal prende Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB

Presidente do COB e Leonardo Gryner são acusados de comprar votos para o Rio sediar a Olimpíada de 2016

Redação iBahia • 05/10/2017 às 8:48 • Atualizada em 31/08/2022 às 15:22 - há XX semanas

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Em novo desdobramento da Operação Unfair Play, a força-tarefa da Lava-Jato prendeu temporariamente o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e seu braço direito, Leonardo Gryner. Na segunda-feira, o GLOBO mostrou que Gryner se reuniu em um hotel em Paris, em 2009, com o empresário Arthur Soares, acusado de pagar milhões em subornos ao ex-governador Sérgio Cabral e atualmente foragido.
O 'Rei Arthur', apelido de Soares, é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsável pelo pagamento de US$ 2 milhões (R$ 3,5 milhões, na cotação da época) em propina ao senegalês Papa Massata Diack.
Segundo o MP francês, em troca, o pai dele, Lamine Diack, à época presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), votaria na candidatura do Rio durante a eleição realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), no dia 2 de outubro de 2009, na Dinamarca.
As novas provas que basearam o pedido de prisão temporária — com duração de cinco dias renováveis por mais cinco — contra o presidente do COB e seu braço direito são e-mails encontrados no Comitê trocados entre Nuzman, Gryner e Papa Diack.
DE ATLETA DO VÔLEI A CARTOLA
Nuzman já havia sido allvo da Lava-Jato no Rio há exatamente um mês, em operação que investigava a compra de votos para a eleição do Rio como sede dos Jogos Olímpicos 2016. O presidente do COB é suspeito de intermediar a negociata com membros africanos em prol da sede carioca. O Ministério Público Federal vê "fortes indícios" de sua participação no esquema. Ele foi intimado a depor.
Ex-jogador de vôlei com participação nos Jogos Olímpicos de 1964, Nuzman é o ex-atleta que chegou mais longe na carreira de dirigente esportivo no Brasil, e um dos melhores exemplos de cartolas que se perpetuam nos cargos.
Ainda em 1975, foi eleito pela primeira vez presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), entidade que comandou durante duas décadas. Em 1995, alçou voo para assumir o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que preside há 22 anos, sendo reeleito cinco vezes sempre com apoio praticamente unânime dos presidentes das confederações das modalidades olímpicas do país.
Sob seu mandato no esporte olímpico, o Brasil foi derrotado na candidatura a sediar os Jogos de 2004, promoveu os Jogos Pan-Americanos de 2007 e, no ano passado, os Jogos Olímpicos. Tanto nos Pan-2006 quanto nas Olimpíadas do ano passado, Nuzman acumulou os cargos de presidente do COB e do Comitê Organizador (Co-Rio-2016) do evento, algo inusual em outras edições dos Jogos.
O acúmulo de funções chegou a ser contestado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que avaliou existir conflito de interesses, uma vez que o COB recebia repasse de verbas do comitê.

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