A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio vem fazendo um rastreamento de redes sociais, há duas semanas, para reunir informações sobre o jogo da Baleia Azul, que estimula o suicídio entre crianças e adolescentes. Um inquérito foi instaurado depois que a mãe de um menino de 12 anos denunciou que o garoto foi convidado a participar da série de 50 desafios cujo objetivo final do jogador é acabar com a própria vida.
De acordo com ela, foi feito um contato com a Divisão de Homicídos (DH) para o caso de ocorrerem mortes que podem ter ligação com o jogo. A delegada informou ainda que as instruções sobre os desafios da "Baleia Azul" são repassadas por meio de mensagens. "Por isso, os pais devem ficar de olho e fiscalizar as redes sociais de seus filhos. Facebook, WhatsApp, mensagens de celular, aplicativos... tudo pode ser um meio para que as instruções do jogo sejam passadas", afirmou.
O jornal 'O Globo' teve acesso à mensagem recebida por um carioca de 22 anos convidando-o para entrar no jogo na última quinta-feira. No texto, há uma ameaça: "Caso nos bloqueie ou nos ignore, mandaremos seu número a nosso chefe. Ele pegará seus dados e descobrirá seu nome". A DRCI anexou a mensagem ao inquérito.
O jogo consiste em uma série de 50 desafios diários, enviados à vítima por um "curador". Há desde tarefas simples como desenhar uma baleia azul numa folha de papel até outras muito mais mórbidas, como cortar os lábios ou furar a palma da mão diversas vezes. Em outra tarefa, o participante deve "desenhar" uma baleia azul em seu antebraço com uma lâmina. Como desafio final, o jogador deve se matar.
O conjunto de tarefas se tornou preocupação para autoridades de diferentes países. Em fevereiro, duas adolescentes se jogaram do alto de um prédio de 14 andares em Irkutsk, na região da Sibéria, na Rússia. Segundo investigações, Yulia Konstantinova, de 15 anos, e Veronika Volkova, de 16, se suicidaram depois de percorrer as 50 tarefas enviadas. Em sua página no Facebook, Yulia tinha compartilhado a imagem de uma baleia azul.
A polícia mineira investiga a morte de um jovem de 19 anos ocorrida em Pará de Minas, na região central do estado. Gabriel Antônio dos Santos Cabral teria sofrido uma overdose de remédios. Ele era casado e tinha uma filha de pouco mais de um mês.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!