O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, convocou a imprensa na tarde desta segunda-feira para denunciar, segundo ele, a existência de grupos de intervencionistas que estão impedindo o fim da greve. Para ele, essas pessoas querem derrubar o governo e estão usando o nome dos caminhoneiros. Fonseca destacou que o acordo fechado no domingo com líderes do movimento atendeu plenamente as reivindicações da categoria.
— As pessoas que querem voltar ao trabalho têm medo porque estão sendo ameaçadas de forma violenta — disse Fonseca.
Ele contou que alertou o governo sobre o problema e vai entregar ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, uma lista com o nome das pessoas "infiltradas" no movimento. Segundo Fonseca, isso estaria ocorrendo em alguns locais como ABC paulista, nas proximidades das montadoras e na Vila Carioca (bases da Shell, Petrobras e Ipiranga).
— Estão segurando os caminhões, prendendo os tanques para não entregar combustível — destacou Fonseca, acrescentando que essas pessoas são ligadas a partidos políticos e são inclusive, presidente de diretórios, sem dar maiores detalhes.
Apesar dos apelos para que a categoria retome às atividades, a Abcam informou que um universo de 250 mil caminhoneiros filiados permanecem de braços cruzados. A entidade diz representar 600 mil profissionais. Segundo Fonseca, se o governo tomar as medidas para impedir a ação de grupos que têm motivações políticas, a situação deve começar a se normalizar na terça-feira.
— O que está acontecendo não é mais responsabilidade minha — afirmou Fonseca.
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Redação iBahia
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