Redação GoalApós muita luta do Bom Senso FC, a presidenta Dilma Rousseff oficializou nesta quinta-feira a Medida Provisória que trata do refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol do Brasil.O texto final contou com a participação de diversos setores da sociedade e chega para se sobrepor a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, proposta por deputados que forma a chamada Bancada da Bola, que queria o parcelamento dos débitos das agremiações sem contrapartidas ou fiscalização de órgãos governamentais."A legislação que estamos propondo vai além da renegociação das dívidas dos clubes de futebol. Estamos propondo um programa que permitirá aos clubes superar as dificuldades financeiras e, ao mesmo tempo, adotar as boas práticas de gestão inspiradas em experiências empresarias e grandes exemplos do futebol mundial. Estamos construindo juntos uma grande oportunidade para todos. Principalmente, para os clubes saldarem as dívidas e se tornarem financeiramente saudáveis", afirmou Dilma Rousseff na cerimônia de assinatura da MP.Além da presidente, também discursaram o ministro do Esporte, George Hilton, o goleiro Dida, representando o movimento Bom Senso, e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, que apoiaram de forma incisiva a proposta anunciada pelo governo."Defendemos e apoiamos a MP. Temos que entender que o futebol é um negócio e que a sua gestão tem de ser séria e transparente. Que o dia de hoje e o da futura aprovação da medida sejam marcos da reação do futebol brasileiro. Futebol melhor para quem joga, assiste, torce, transmite e patrocina. Um futebol melhor para todos", comentou o goleiro Dida.Confira os principais pontos da Medida Provisória, destacados pelo próprio Ministério do Esporte.Além disso, em caso de não cumprimento das regras, os clubes poderão ser proibidos de fazer contratações, rebaixados de divisão ou mesmo eliminados do campeonato do ano seguinte."A presidenta Dilma Rousseff inaugura uma era que todos nós esperamos que seja de renascimento. As condições oferecidas pelo governo na MP são resultado de um diálogo amplo com todos os atores envolvidos com o futebol. O diálogo norteou todos os momentos, até aqueles que tiveram divergências. Com sensibilidade, todos reconheceram que era preciso superar as diferenças para tornar este dia de hoje o novo marco que vai regular os clubes e vai tornar o espetáculo cada vez mais atraente para todos", afirmou o ministro da pasta.O governo e aqueles que lutam por um futebol melhor terão agora outro grande desafio. Apesar de ter caráter imediato de lei, o texto da MP precisará ser aprovado no Congresso Nacional, onde a Bancada da Bola tem lobistas e representantes na Câmara de Deputados e Senado.A proposta, que precisará ser analisada e votada nos próximos 45 dias, foi elaborada com consulta de dirigentes de todas as divisões do Campeonato Brasileiro, o Bom Senso, a CBF, jornalistas e representantes dos atletas, árbitros, técnicos e comissões técnicas.
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