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Presos tentam invadir ala de facção rival no RN: "Situação tensa"

Detentos estão armados com paus, pedras e facas e situação dentro do presídio é tensa

Redação iBahia • 17/01/2017 às 13:32 • Atualizada em 31/08/2022 às 19:46 - há XX semanas

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A situação voltou a ficar tensa dentro do Presídio Estadual de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal (RN), no final da manhã desta terça-feira (17). De acordo com o portal "G1", os presos dos pavilhões 1, 2, 3 e 4 estão tentando invadir o pavilhão 5. Os detentos estão armados com paus, pedras e facas.

Por volta das 11h55 foram ouvidos muitos tiros dentro do presídio, mas não foi possível detectar se as balas eram letais ou não. A Polícia Militar tenta conter a situação usando bombas de efeito moral e arma não letal. "A situação é muito tensa", afirma o major Wellington Camilo, do Comando da Guarda Penitenciária.

A Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) também confirmou que a situação é tensa dentro do presídio e que os presos estão se movimentando livremente lá dentro. Entretanto, a pasta afirma que "todas as forças policiais estão no local". Do lado de dentro do presídio, os presos das duas facções - Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime - montaram barricadas.

De acordo com o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, a polícia só vai entrar na penitenciária em casos de "extrema necessidade". "Se a polícia entrar dentro do presídio, pode haver novas mortes, confrontos policiais. Aí vai ser um novo Carandiru. Então temos que evitar que isso aconteça. Até agora não tivemos mortes de policiais, é importante ressaltar. Não tivemos mortes de agentes penitenciários, não tivemos mortes de reféns. Por enquanto, a morte está restrita a membros de facções", disse o governador, durante uma entrevista em Brasília.

Muro
De acordo com o governo do Estado do RN, uma reforma será realizada no presídio e contará com a construção de um muro para separar as duas facções. Virgulino também afirmou que o Governo não tem intenção de fechar o presídio, principalmente pela superlotação que vem acontecendo no Rio Grande do Norte.

Rebelião
A rebelião do fim de semana foi motivada por uma briga entre os pavilhões 4 e 5 do presídio, envolvendo as duas facções. O motim teria começado após a invasão de um pavilhão por presos inimigos. Dois dos 26 mortos foram carbonizados e os demais decapitados. O governo do Rio Grande do Norte informou que precisará de cerca de 30 dias para identificar todos os mortos.

Durante a madrugada desta terça-feira, porém, não houve confronto entre os presos. Entretanto, na manhã de hoje, os presos voltaram a se rebelar no telhado de um dos pavilhões. "Os pavilhões estão destruídos e eles sobem nos telhados para tentar se defender", afirmou o secretário de Justiça e Cidadania do RN, Wallber Virgulino.

Frigorífico
No domingo (15), o Itep já tinha sido autorizado a alugar um contêiner frigorífico para armazenar os corpos encontrados em Alcaçuz. Embora o instituto disponha de duas câmaras frias com capacidade para abrigar entre 20 e 30 corpos em cada uma delas e receba, em média, cinco corpos diariamente, a diretoria do Itep decidiu agir preventivamente para garantir que não falte espaço, caso o total de detentos mortos seja maior que as primeiras informações divulgadas. O valor do aluguel do contêiner não foi informado. Todos os corpos devem ser identificados em até 30 dias, segundo informou o governo do RN.

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