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'Prostituta por opção', jovem formada em Letras lança livro

Lola Benvenutti, como é conhecida, tem 22 anos e diz que a profissão valeu a pena para ela. 'Foi natural para mim'

• 04/08/2014 às 18:48 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:39 - há XX semanas

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Gabriela Natalia da Silva, mais conhecida como Lola Benvenutti, é "prostituta por opção". Nascida em Pirassununga, interior de São Paulo, ela rejeita o estigma de Bruna Surfistinha, considerada uma "puta que sofre". Sua fama na pequena cidade começou quando ela criou um blog e um anúncio de acompanhantes em um site e, agora, aos 22 anos, Lola mora em um apartamento próprio no bairro dos Jardins, em São Paulo, e lançará um livro sobre sua história, O Prazer é Todo Nosso, na próxima segunda-feira (11). A obra já despertou o interesse de diretores para adaptá-la ao teatro e cinema. Lola perdeu a virgindade aos 11 anos com um homem de 30, mas nega ter sido um trauma em sua vida. Em entrevista ao Terra, ela diz que acabou pressionando o homem para transarem. "Ser virgem para mim era uma coisa que me assustava. Eu não queria ser virgem, queria ser dona do meu corpo".
Lola Benvenutti, como é conhecida, tem 22 anos e diz que a profissão valeu a pena para ela. 'Foi natural para mim'
Foi aos 17 anos, porém, que decidiu transformar o prazer em negócio, cobrando pelo sexo. Apesar de ter se formado em Letras na Universidade Federal de São Carlos, aos 20 anos, Lola preferiu seguir a primeira profissão, mesmo após os problemas com a família que a decisão lhe trouxe.Filha de um ex-militar e uma enfermeira criada em família católica, a novidade para os pais de Lola foi um choque."Minha mãe não ficou chocada, mas muito triste, muito decepcionada. Só que, para mim, a dor maior seria não contar e viver uma mentira. Com meu pai foi muito difícil, ele parou de falar comigo por meses, e a gente sempre foi muito próximo. Quando a gente se reaproximou, eu disse pra ele: ‘pai, eu me sinto bem. Gosto de transar e cobrar das pessoas’. Meu pai, escutando aquilo, tinha lágrimas escorrendo. E meu pai nunca chorava por nada. Foi difícil", contou.Lola afirma que teve uma infância normal, como qualquer outra, e critica o fato das pessoas procurarem traumas para justificar sua decisão de ser prostituta. "Eu sempre fui muito curiosa sexualmente. Lembro que eu tinha uma curiosidade de entender o que era o sexo, de me tocar, desde criança".Ela conta que chegava a atender de 8 a 10 clientes por dia, mas que agora divide o tempo também com academia, escrever no blog e ler. Com isso, ela reduziu o número de clientes diários e começou até a selecioná-los e a tirar férias.Perguntada sobre seu futuro, Lola não mostra certezas. "Se um dia eu achar que quero dar aula, eu vou dar aula. É uma carreira instável, a beleza passa, então você tem que procurar caminhos para se manter". Ela afirma, ainda, que um dia talvez possa ter vontade de casar e ter filhos.Lola explica, ainda, que seguir a profissão valeu a pena para ela, mas não recomenda que outros a sigam. "Muita gente me manda e-mail falando que quer entrar pra esse ramo. Eu falo que sou uma em um milhão, sou privilegiada. A realidade nem sempre é tão bonita quanto eu vivo. Não daria este conselho para as pessoas".Matéria original: Correio 24h 'Prostituta por opção', jovem formada em Letras lança livro sobre sua história

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