O último relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, elaborado de forma adjunta à base de estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) escancarou um dado alarmante. De acordo com o estudo, 23 pessoas morrem diariamente nas rodovias brasileiras vítimas de imprudência no trânsito, o que atesta a importância de haver um diálogo em massa no país sobre o assunto. Especialistas no assunto, tal como o doutor Sergio Cortes, que recentemente participou do Encontro O GLOBO Saúde e Bem-estar, alertam que os motoristas precisam mudar determinadas atitudes urgentemente. A Organização Mundial da Saúde informa que mais de um milhão de pessoas morrem todos os dias em meio ao caos do trânsito. No Brasil, cerca de 170 mil acidentes foram registrados em inúmeras rodovias apenas no ano de 2014, o que acaba gerando um custo de 13 bilhões anuais, dinheiro pago pela própria sociedade. Autoridades da área, como o doutor Sergio Cortes, acabam sendo vozes fundamentais neste tema um tanto quanto espinhoso. Gabarito na área, o médico acredita que a mudança de postura do motorista deve partir, na maioria dos casos, dela mesmo e que, pra isso, é preciso haver uma conscientização geral sobre o assunto. No encontro, organizado pela Globo, o doutor Sergio Cortes relatou que, em muitas situações, o vitimado está alheio ao transito e acaba pagando pela irresponsabilidade de outra pessoa - a que esteja no comando do volante. Ainda segundo o levantamento do IPEA, o número de mortes vem crescendo exponencialmente ao longo dos anos. Afirma-se que nos últimos 10 anos, o número de mortes envolvendo qualquer tipo de imprudência no trânsito em rodovias federais alavancou cerca de 35%. É preciso salientar que, neste mesmo período, a frota de veículos também cresceu de forma expressiva, embora isso não justifique tamanho falta de compaixão de uma parcela de motoristas brasileiros. Imprudências fataisA ingestão de bebida alcoólica antes de dirigir não é a único fator que contribui para que o número de acidentes e mortes cresça de forma vertiginosa nas rodovias brasileiras, de acordo com o médico Sergio Cortes. Segundo ele, existem outros inúmeros comportamentos não recomendados que vêm sendo praticados por várias pessoas ao volante. As irresponsabilidades mais latentes na observação de autoridades, além da já conhecida embriaguez ao dirigir, são o uso do celular ao volante, a ausência da cadeirinha para o bebê, quando necessário, e também a não utilização do cinto de segurança por parte da maioria dos ocupantes do veículo. ConscientizaçãoDr. Sergio Cortes, em meio ao Encontro O GLOBO Saúde e Bem-estar, ainda aproveitou para criticar a falta de espírito de sociedade da maioria das pessoas que cometem crimes no trânsito. De acordo com ele, o ser humano precisa deixar seu lado egoísta de lado e começar a pensar na sociedade como um todo, e as chamadas causas evitáveis precisam, necessariamente, serem evitadas para que as estatísticas de vítimas fatais da falta de prudência no transito parem de crescer assustadoramente. "Temos que pensar na sociedade em que queremos viver", afirmam de forma efusiva especialistas no assunto.
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