O superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 8,2 bilhões em novembro, informou nesta quarta-feira (28) o Banco Central (BC). Nos 11 meses do ano, o valor chegou a R$ 126,8 bilhões, o que representa 99% da meta de superávit primário do setor público para 2011, que é R$ 127,9 bilhões. O superávit primário é o resultado do somatório das receitas do governo federal, dos estados e dos municípios menos as despesas, excluindo os juros da dívida do setor público. Entre janeiro e novembro de 2010, o superávit atingiu R$ 90,8 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em novembro, chegou a R$ 137,6 bilhões, equivalente a 3,34% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Mas o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (juros reais mais a atualização monetária) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 18,4 bilhões, em novembro, e a R$ 216,1 bilhões, nos 11 meses do ano. Com isso, o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 10,2 bilhões no mês passado, e em R$ 89,3 bilhões, de janeiro a novembro. Em novembro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 4,8 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) contribuíram com R$ 2,6 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 773 milhões.
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