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Sob protestos, Lula toma posse como ministro da Casa Civil

Cerimônia aconteceu na manhã desta quinta-feira (17), no Palácio do Planalto, em Brasília

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17/03/2016 às 11:29 • Atualizada em 01/09/2022 às 9:57 - há XX semanas
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse na manhã desta quinta-feira (17) como ministro da Casa Civil, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Sob os gritos de 'não vai ter golpe', Lula assinou o termo de posse acompanhado da presidente Dilma Rousseff, de Eugênio Aragão, que assumiu o ministério da Justiça, e de Mauro Lopes, que tomou posse na Aviação Civil. O ex-governador Jaques Wagner, tomou posse no Gabinete Pessoal, mas se atrasou para a cerimônia.
Durante a assinatura, o deputado Major Olímpio (Rede Solidariedade-SP) se infiltrou na platéia e fez gritos de protesto. "Uma vergonha o que está acontecendo neste país', gritou o deputado, sendo abafado pelas vaias dos presentes e expulso pelos petistas. Logo em seguida, Dilma iniciou seu discurso e saldou o ex-presidente.

Foto: Reprodução

"Muito bom dia a todos. Os brasileiros e brasileiras de coragem que estão aqui dentro desta sala, queria saldar com muita alegria, muita convicção, o nosso querido ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministro chefe da Casa Civil. quero saldar o Eugênio Aragão, ministro da Justiça, o Mauro lopes, da Aviação Civil, e Jaques Wagner", disse a presidente. Antes do fim do discurso Dilma chegou a ser interrompida com gritos de 'Lula, Lula'. "As circunstâncias atuais me dão a magnífica chance de trazer para o meu governo o maior líder politico desse país", continuou Dilma. "Os gritos dos golpistas não vai me tirar do rumo e colocar o povo de joelho", afirmou.
A posse de Lula como ministro da Casa Civil acontece um dia depois de escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato terem sido divulgadas. Em um dos telefonemas, Lula recebe ligação de Dilma em que ela afirma que enviará o termo de posse para que ele use em caso de 'necessidade'. "Não há justiça para os cidadãos quando as garantias constitucionais na presidência na república são violados", disse Dilma sobre o áudio divulgado.

Foto: Reprodução

ManifestaçõesDurante a posse dos novos ministros, manifestantes pro-impeachment da presidente Dilma Rousseff se concentraram na frente do Planalto. Alguns grupos chegaram a entrar em choque e a polícia precisou usar spray de pimenta. De acordo com a Polícia Militar, 2, 3 mil pessoas estiveram na frente do Planalto durante a cerimônia. Destes, duas mil contra o governo e 300, a favor. Após o anúncio da aceitação de Lula em assumir a Casa Civil, manifestantes se reuniram em várias cidades do país e se mostraram contrários à decisão. Em Salvador, um grupo foi para as ruas em frente ao Farol da Barra, na noite desta quarta-feira (16) para protestar contra o governo de Dilma Rousseff. Os manifestantes gritaram palavras e ordem e exibiram cartazes pedindo a prisão de Lula e o impeachment de Dilma. Uma hora depois, o grupo recebeu reforço de outros manifestantes que faziam carreata pela orla. Quem foi de carro aproveitou para se juntar ao buzinaço e exibir bandeiras do Brasil. Na Pituba, os moradores fizeram um panelaço.
Correio24horas

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