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BRASIL

SUS atendeu 250 mil usuários de drogas por mês em 2011

Em 2003, eram, em média, 25 mil atendimentos mensais na rede pública. Conforme ministro Alexandre Padilha, país vive 'epidemia de crack'

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07/12/2011 às 13:08 • Atualizada em 14/09/2022 às 1:15 - há XX semanas
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou nesta quarta-feira (7) que, entre 2003 e 2011, passou de 25 mil para 250 mil a média mensal de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) a usuários de álcool e drogas em todo país. Os dados foram apresentados durante lançamento de conjunto de ações integradas para o enfrentamento do crack no Brasil. O número de atendimento dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps), segundo assessoria do ministério da Saúde, passou de 25 mil - média mensal de atendimentos no ano - em 2003 para 250 mil atendimentos mensais em 2011, considerando dados até outubro deste ano. Para o ministro, o país vive uma epidemia de crack, o qual classificou como “ferida social”. “Temos que reconhecer que estamos sim tecnicamente diante de uma epidemia de crack em nosso país”. Padilha disse que, em atendimento a uma orientação da presidente Dilma Rousseff, haverá uma “rede de retaguarda” de assistência a usuários que funcionará 24 horas por dia. “Os serviços de saúde têm que se responsabilizar 24 horas por dia porque ela [pessoa usuária de droga] não escolhe a hora de ter uma crise de abstinência”. Plano de enfrentamentoO governo federal pretende investir R$ 4 bilhões para aumentar a oferta de atendimento de saúde aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e ampliar ações de prevenção. O programa, cujo mote é “Crack, é possível vencer”, pretende criar enfermarias especializadas com 2.462 leitos destinados ao tratamento de usuários de drogas nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento previsto para essas enfermarias é de R$ 670 milhões. ReforçoA presidente Dilma Rousseff destacou que a rede pública de saúde terá de ser “reforçada” para atender a usuários que, segundo ela, “têm não só problemas pontuais, mas têm crise de abstinência, dificuldade de lidar com o fato, coloque sua vida em risco e tem comportamentos que afetam profundamente a família”. Ela dirigiu uma palavra aos pais de dependentes químico que veem seus filhos “escravizados pelas drogas”. Dilma disse que é preciso ter “fé e esperança”. “Nós todos temos de fazer da dor deles [pais de usuários] a nossa, e ao fazer isso, ter clareza de que vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para a recuperação desses filhos e filhas”. Dilma disse ainda que o novo programa será uma “política sistemática ampla moderna corajosa e criativa de enfretamento das drogas. ”O que nós hoje estamos fazendo é dizer sim, nós, 365 dias por ano, 24 horas por dia e sem nenhuma vacilação, nós vamos combater esse processo que instaura a violência e destrói famílias.”

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