O trânsito é a terceira maior causa de morte no Brasil, ficando atrás apenas de doenças cardíacas e do câncer. Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que em 2010 das 150 mil internações por acidentes, só 43% das pessoas usavam cinto de segurança, sendo 49% homens e 36% mulheres. O Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de mortes por acidente. É o que revela um levantamento realizado em 178 nações pela Organização Mundial da Saúde. Para combater o problema o governo brasileiro aderiu no último dia 11 à Década de Segurança no Trânsito 2011-2020, lançada no mesmo dia pela OMS. A meta é reduzir em 50% os acidentes. O plano de ação vai ser lançado em setembro deste ano.
Diagnóstico precoce O maior problema é que metade dos condutores só passa por exame de vista quando vai renovar a Carteira de Motorista. Dados do Departamento Nacional de Trânsito revelam que das 35 milhões de CNHs emitidas no País, 12,85% ou 4,5 milhões são para motoristas com idade acima de 55 anos. Quem já passou dos 50 anos tem dificuldades para ler placas de sinalização, enxergar o semáforo ou o painel do carro nem sempre está relacionada aos vícios de refração – miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Pode sinalizar doenças típicas da terceira idade. As principais são:
Glaucoma - Reduz o campo visual periférico
Catarata - Afeta a visão de contraste
Degeneração Macular úmida - Afeta a visão central Para enxergar bem, uma pessoa de 60 anos necessita três vezes mais iluminação que outra de 20 anos. Por isso, para ele o uso de farol baixo durante o dia e à noite previsto no Código de Trânsito Brasileiro só para ônibus, motos, motonetas e ciclomotores, deveria se estender a todos os veículos, visando melhorar a visibilidade no trânsito. Aos 60 anos, a capacidade de enxergar a luz azul e a visão de contraste diminuem porque o cristalino enrijece e começa a amarelar. Além disso, a pupila diminui de tamanho, prejudicando a adaptação da visão entre ambientes claros e escuros.