A Universidade de Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, prorrogou por mais 30 dias o período de sindicância para apuração do caso dos alunos de medicina da universidade que aparecem em fotos na internet com as calças abaixadas e fazendo gestos polêmicos que remetem à genitália feminina. As fotos foram publicadas no Instagram de alguns dos alunos e deletadas após a repercussão negativa.
De acordo com a UVV, o prazo foi estendido por causa da 'complexidade do assunto'. "Por solicitação da Comissão de Sindicância que apura o caso dos alunos de medicina da Universidade Vila Velha (UVV) foi concedida a prorrogação de prazo para término dos trabalhos em mais 30 dias. Tal prorrogação é prevista regimentalmente e foi justificada pela Comissão pela complexidade do assunto, principalmente por envolver meios informáticos, e com o objetivo de darem aos alunos a ampla defesa, que é um direito constitucional", diz nota da universidade.
Os alunos são do último ano da graduação em medicina e fizeram as fotos no mesmo dia em que fotografavam para a formatura. Na legenda das imagens, os estudantes publicaram a hashtag "#PintosNervosos". A defesa dos alunos explicou, na época, que a hashtag diz respeito ao grupo do estudantes no WhatsApp.
No mês passado, por meio da defesa, o grupo de 12 estudantes publicou uma carta aberta com pedido de desculpas. A manifestação tinha como título "Sincero Pedido de Desculpas à Sociedade"."Nós, alunos envolvidos na polêmica, infeliz e inadequada foto, vimos apresentar as nossas mais sinceras desculpas à sociedade, em especial as mulheres, à classe médica e a Instituição de Ensino. Estamos nos sentindo muito mal com toda situação e profundamente arrependidos", diz a carta. "Jamais tivemos a intenção de ofender a qualquer pessoa. Estamos tristes com toda essa repercussão negativa, mas assumimos o quanto estávamos equivocados. Nos desculpem!", completam os estudantes.
A sindicância da universidade vai definir o que acontecerá com os alunos envolvidos na polêmica. O Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) chegou a se reunir com os alunos no mês passado. No entanto, informou que, como os rapazes não são médicos ainda, uma possível punição caberia à Universidade.
"Se os envolvidos fossem médicos, mesmo que recém-formados, caberia ao Conselho abrir sindicância e, confirmado indícios de infração do Código de Ética Médica, haveria um consequente Processo Ético Profissional, cuja punição varia de advertência à cassação do registro de médico", diz a nota do Conselho enviada em abril.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade