Veja 10 aplicativos que ajudam a economizar até 40% nas compras

Janeiro é mês de liquidações no comércio e, mesmo em tempos de crise econômica, tem sempre alguém precisando comprar um fogão, trocar a geladeira ou substituir o sofá velho. E ainda tem os gastos obrigatórios, como material escolar, roupas e alimentos.Com o dinheiro mais apertado, comparar os preços dos produtos voltou a ser regra para a maioria da população brasileira, que precisa economizar cada centavo e fazer a grana render o mês inteiro.

Fagner Guimarães monitora preços pelos aplicativos e indica para os amigos (Foto: Marina Silva/CORREIO)

Para facilitar o velho hábito da pechincha, entretanto, hoje em dia é possível contar com recursos da tecnologia – os aplicativos (apps) para smartphones – que garantem uma vasta busca de ofertas em dezenas de lojas, em alguns toques. A economia pode chegar a até 40%. O CORREIO reuniu informações de dez aplicativos que podem facilitar suas compras, comparando preços, condições de pagamento e indicando promoções. Para Fagner, comprar pela internet aumenta a possibilidade de pesquisa e ajuda a economizar sem ter que sair de casa, encarar o trânsito, percorrer várias lojas, enfrentar fila e pagar estacionamento. “Eu comprei um celular que custa R$ 2.499 por R$ 1.450, em uma oferta relâmpago que durou apenas alguns minutos”, revela sobre a economia de 42% no produto. Pesquisa digitalQuem também nem lembra como era a pechincha antes da internet existir é o designer gráfico Samuel Sotero. Bater perna na rua é algo fora de cogitação para ele, que reclama até de ter que entrar em vários sites para comparar preços, antes da existência dos aplicativos de smartphone. “O app, principalmente neste tempo de crise, ajuda a economizar e ainda evita de você precisar ‘bater perna na internet’ – ter que entrar em vários sites. Com estas ferramentas fica mais fácil comparar os preços e é mais cômodo comprar”, indica Samuel, que usou o recurso para adquirir um smartphone. Outra vantagem dos apps, segundo o designer gráfico, é mostrar não apenas o preço, mas as condições de pagamento e até valores de frete, em caso de produtos como eletroeletrônicos.

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Melhor custo-benefícioA funcionária pública Janaína Fiúza afirma que a diferença de preço de um produto de mesma marca e modelo pode ser de até 50% entre lojas diferentes. “Hoje, considero os apps de busca essenciais na hora de fazer a pesquisa de preço e optar pelo vendedor que ofereça melhor custo-benefício”, diz ela, que comprou um micro-ondas e aceitou a sugestão do aplicativo sobre o menor preço e frete. “Na era da informação, na atual correria e falta de tempo - sem mencionar a crise econômica que minimiza nosso potencial de compra e nos impõe um severo controle dos gastos - as ferramentas de busca são excelentes maneiras de pouparmos tempo, esforço e dinheiro”, indica a funcionária pública. AgregadoresO especialista em Tecnologia e Segurança na rede Antônio Netto explica que há uma diferença entre os aplicativos e ferramentas que são comparadores dos agregadores de informações. “Embora ambos sejam ferramentas espetaculares de pesquisa e economia, existe uma diferença. O Buscapé, por exemplo, é um app comparador”, afirma Netto e destaca que a função dele é fazer uma varredura completa pela internet em todos os sites que oferecem o produto pesquisado e comparar os preços para dar as opções ao comprador. “Já o sistema dos apps de turismo (passagens e hospedagem) é agregador de informações previamente cadastradas na plataforma e disponibilizadas para o cliente no momento da busca”, esclarece o especialista, deixando claro que o aplicativo comparador de preços é mais completo por oferecer informações de frete, prazo de entrega, entre outras, além do valor do produto. Consumidores devem ficar atentos à segurançaAntes de adquirir um produto pela internet, seja pelo site acessado via smartphone ou direto pelo aplicativo, é importante tomar alguns cuidados para garantir a segurança da compra. Verificar o histórico da empresa, caso não seja uma grande loja já conhecida, é essencial para evitar prejuízos. É o que indica o especialista em Tecnologia e Segurança na rede Antônio Netto. “Se não conhece a empresa, vale a pena fazer uma pesquisa até no próprio Google se há algum problema referente a ela. Em épocas em que as vendas aumentam muito, acontece também o aumento dos golpes pela internet”, orienta. Uma boa dica é digitar o site da loja e buscar o produto, em vez de clicar em links enviados por e-mail ou WhatsApp, que podem ser vírus ou golpes. “Já as compras pelo aplicativo da loja são mais seguras, já que é muito mais difícil os golpistas conseguirem imitar o sistema da empresa original por se tratar de uma tecnologia mais complexa”, afirma Netto. Segundo o especialista em e-commerce e marketing digital Fernando Mansano é indicado desconfiar de ofertas muito vantajosas. “O velho ditado ‘quando a esmola é demais, o santo desconfia’ deve ser colocado em prática durante uma aquisição pela internet, quando os preços estão muito abaixo do mercado. Sempre prefira formas de pagamento que garantem o dinheiro de volta caso o produto não chegue dentro do prazo”, explica Mansano. Outro cuidado é observar o prazo. “Quando a demanda de entregas de mercadorias aumenta muito, o prazo pode ser maior, mas deve ser informado pelo fornecedor no ato da compra e deverá ser cumprido. Se houver atraso, o consumidor precisa, primeiramente, entrar em contato com a loja para saber sobre a situação do pedido e se não for solucionado o caso rapidamente, uma opção é procurar o órgão de defesa do consumidor. Em casos extremos, entrar na Justiça pode ser a solução”, analisa o especialista que dá outra dica: “É fundamental que o comprador pesquise sobre a empresa antes da compra. Deve-se verificar se é uma loja conhecida e se existe mesmo. Observar reclamações em sites de queixas e se foram resolvidas e também como está a avaliação do estabelecimento”, complementa o profissional com 15 anos de experiência em e-commerce.