Os filmes Faroeste Caboclo, de René Sampaio, Serra Pelada, de Heitor Dhalia, e Flores Raras, de Bruno Barreto, lideram com o maior número de indicações a relação de finalistas do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2014, anunciada nesta segunda-feira (4). A cerimônia de entrega será no próximo dia 26, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e premiará, em 26 categorias, filmes que tiveram lançamento comercial ao longo de 2013. A festa terá como grande homenageado o diretor e dramaturgo Domingos Oliveira. Realização da Academia Brasileira de Cinema, com patrocínio e apoio de empresas do setor audiovisual, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que chega este ano à sua 13ª edição, segue o modelo de premiações semelhantes do cinema internacional, como o Oscar norte-americano e o César francês. Os indicados em cada categoria são votados pelos membros da academia, da qual fazem parte mais de 200 profissionais de todos os segmentos da atividade cinematográfica.
Veja também Artista cria capas de livros infantis baseadas em filmes famosos Além de Faroeste Caboclo e Flores Raras, concorrem ao prêmio de melhor longa-metragem de ficção os filmes Cine Holliúdy, de Halder Gomes; O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho e Tatuagem, de Hilton Lacerda. Os cineastas desses cinco filmes também concorrem ao prêmio de melhor direção. Para melhor ator, a disputa se dá entre Edmilson Filho (Cine Holliúdy), Fabrício Boliveira (Faroeste Caboclo), Irandhir Santos (Tatuagem e O Som ao Redor) e Jesuíta Barbosa (Tatuagem). Já para melhor atriz concorrem Fernanda Montenegro (O Tempo e o Vento), Gloria Pires (Flores Raras), Leandra Leal (Mato sem Cachorro), Isis Valverde (Faroeste Caboclo) e Sophie Charlotte (Serra Pelada) O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro também contempla o melhor longa-metragem documentário, categoria para a qual concorrem A Luz do Tom, de Nelson Pereira dos Santos; Dossiê Jango, de Paulo Henrique Fontenelle; Elena, de Petra Costa; Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D'Alincourt; O Dia Que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares, e São Silvestre, de Lina Chamie. Os filmes Minhocas, de Paulo Conti, e Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi, disputam o prêmio de melhor longa de animação. Uma novidade deste ano é a criação da categoria melhor longa-metragem de comédia, disputada por Mato sem Cachorro, de Pedro Amorim; Meu Passado me Condena, de Julia Rezende; Colegas, de Marcelo Galvão”; Minha Mãe É Uma Peça, de André Pellenz, além de Cine Holliúdy. “A comédia é uma tradição do cinema brasileiro, mas sempre foi pouco valorizada”, diz o presidente da Academia Brasileira de Cinema, Roberto Farias, ao justificar a criação da categoria. Para Farias, a importância do Grande Prêmio se deve ao fato de ser concedido pela própria classe cinematográfica. “É o reconhecimento e o aplauso dos cineastas ao talento de seus pares”, define. A votação do prêmio ocorre em duas etapas. Na fase de indicação, são escolhidas os cinco filmes e profissionais de cada categoria que passarão para a etapa seguinte. Depois, entre esses finalistas são escolhidos os vencedores, por meio de nova votação dos sócios da academia e também do público, que ocorre em três categorias: melhor longa de ficção, melhor longa documentário e melhor longa estrangeiro. O acompanhamento e a auditoria são feitos pela mesma empresa encarregada da apuração do Oscar.