Os músicos Carlinhos Brown e Sergio Mendes, o diretor Carlos Saldanha e o ator Rodrigo Santoro estiveram ontem no Parque Laje, no Rio de Janeiro, para apresentar o filme Rio 2, que estreia no Brasil dia 27. Se no primeiro filme a história se passava toda no Rio, desta vez a família de araras-azuis - formada por Blu, Jade e seus três filhotes - sai do Rio para a Amazônia em busca de outras aves de sua espécie. A longa viagem inclui até uma rápida passagem por Salvador, onde as araras conhecem o Elevador Lacerda. Rodrigo Santoro falou sobre o prazer de dublar Tulio, ornitólogo que luta pela preservação das aves em extinção. “Eu adorei ‘brincar’ com o personagem e tive muita liberdade para o compor. O microfone tinha uma câmera que captava meus movimentos e expressões, que depois foram vistas pelos animadores para ajudá-los”, revelou.
Veja também: Novo clipe de Jennifer Lopez mostra homens seminus e faz sucesso na web Carlinhos Brown, que compõe e canta canções como Bola Viva e Ô Vida, falou sobre os desafios de criá-las. “Um dos maiores foi juntar elementos de ópera coma música popular em uma das canções do filme, mas o resultado final foi ótimo, graças ao direcionamento de Sergio Mendes. E nós conseguimos uma diversidade que reflete a riqueza da música brasileira, coma presença de elementos regionais como o carimbó e o maracatu”. Produtor musical executivo, Mendes lembrou que todas as canções foram compostas em português e depois traduzidas para mais de 30 idiomas. “Pude acompanhar somente a tradução para o inglês e acho que ficou ótima porque os responsáveis conseguiram algo que eu insisti muito, que foi manter a sonoridade brasileira de algumas palavras. E isso nãoera fácil porque eles não podiam fazer uma tradução literal”, disse o músico. O brasileiro Carlos Saldanha, que dirigiu o primeiro Rio, além de A Era do Gelo 2 e 3, disse que não sofreu intervenções da Fox, responsável pela produção. “Eu trabalho baseado numa história que eu quero contar e só depois vão surgindo características brasileiras, como o futebol e a música. Mas há algumas coisas chave que não tem como escapar. Não tem como falar da Amazônia, sem falar, por exemplo, do encontro das águas”, disse.