Os moradores do interior do estado vão ganhar as telas de cinema, protagonizados no Festival Cinema no Interior. O projeto, que chega pela primeira vez à Bahia, já rodou sete estados do Nordeste, além de atuar em alguns países do continente americano e contar com a parceria do Festival de Cinema de Contis, na França. Os municípios escolhidos para viver essa experiência audiovisual foram Nazaré, Ruy Barbosa, Lençóis, Andaraí e Mucugê. Moradores dessas cidades, entre estudantes, artistas e demais atores sociais, deram vida a cinco curtas-metragens, atuando, durante semanas, como pesquisadores, roteiristas, produtores e protagonistas de suas próprias histórias. O resultado será lançado no domingo (31), às 19 horas, no Cinema Rio Branco, na cidade de Nazaré, no Recôncavo Baiano. A entrada é gratuita.Idealizado pelo cineasta Marcos Carvalho, que dirigiu junto com Wagner Miranda o longa-metragem 'Na quadrada das águas perdidas', e realizado pela Mont Serrat Filmes, o projeto tem por objetivo pesquisar, registrar e difundir as riquezas culturais e históricas interioranas, tendo a própria população local como executora de todo o processo. Oficinas de audiovisual são oferecidas durante a produção dos filmes. Os homenageados desta edição são o crítico de cinema baiano João Carlos Sampaio, morto em 2014 e Jô Mazzarolo, diretora de jornalismo da Globo Nordeste.Confira a relação de filmes produzidos e que serão exibidos no Cinema Rio Branco: Esmeralda, de Nazaré – BAA ameaça de extinção da Feira dos Caxixis faz com que os feirantes, representados pelo jovem Jeremias, busquem ajuda de Esmeralda. Ela arma uma teia de sedução, desmascara o hipócrita e moralista Doutor Holando e, ao mesmo tempo, estabelece uma estranha ligação atemporal com o Recôncavo dos tempos da Inquisição.Ladrões em Cena, de Ruy Barbosa – BAQuando a Coronela Macaíba proíbe um festejo tradicional que coincide com o dia do aniversário do Coronel Anselmo, os amigos Sinzé, Boim e Lindoneia executam um plano astucioso e realizam a festa com recursos liberados pela própria Coronela.A Lenda do Pai Inácio, de Lençóis - BAReleitura de uma das lendas mais conhecidas da Chapada Diamantina. Inácio e Kahan: dois amigos de infância, dois escravos do mesmo Barão. Enquanto promoção de Kahan a Feitor faz aflorar seu lado cruel, a escolha de Inácio para escravo-reprodutor o leva a repudiar a escravidão, recuperar suas raízes africanas e empreender uma jornada mítica em busca de si mesmo. Caminho de Pedra, de Andaraí - BANatália é uma mulher que abdicou da própria feminilidade. Assumiu desde cedo as atribuições do pai no garimpo e a incumbência de sustentar suas irmãs com o próprio braço. Porém, a chegada de um forasteiro faz emergir, de forma incontrolável, seus desejos mais obscuros.Um Simples Olhar, de Mucugê - BALuna é uma jovem com apenas dez por cento da visão que permanece refém da busca obsessiva de seu tio por uma pedra preciosa. Sem família ou amigos que possam interceder, Luna tenta evitar o assédio crescente do tio enquanto busca um caminho para exercer sua liberdade.
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