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CINEMA

Kéfera lança filme em Salvador e conta preparação paras ser atriz

No longa, Camilla Mendes (Kéfera Buchmann) é uma estrela da música POP arrogante que só almeja a fama

Redação iBahia • 22/01/2019 às 13:44 • Atualizada em 30/08/2022 às 9:59 - há XX semanas

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Na última segunda-feira (21), a youtuber e atriz Kéfera e ator e humorista João Cortês estiveram em Salvador para pré-estreia do filme “Eu Sou Mais Eu”, no Shopping Bela Vista. Entre fotos com os fãs no tapete vermelho e entrevistas aos veículos e blogueiros, os dois bateram um papo com o iBahia.

O longa é dirigido por Pedro Amorim e tem estreia nacional dia 24 de janeiro. Com produção da Damasco Filmes e da Universal Pictures, “Eu Sou Mais Eu” aborda temáticas importantes na adolescência, conversando com jovens e adultos.

No longa, Camilla Mendes (Kéfera Buchmann) é uma estrela da música POP arrogante que só almeja a fama. Misteriosamente, Camilla acorda em 2004 e precisa lidar com todos os dramas da adolescência, junto ao seu amigo Cabeça (João Cortês).

iBahia – Camilla, ao retornar a sua adolescência, se vê obrigada a reaprender a lidar com sua baixa autoestima e com a constante humilhação. Como a Kéfera que tem sua vida “observada” por milhares de pessoas aprendeu a lidar com sua autoestima e com as tentativas de te humilhar ou diminuir?

Kéfera: Apanhando muito. Através da internet, de críticas e do cyberbullying. Existe toda a parte de você presenciar o bullying e estar ali ao vivo; enquanto tem a internet que virou meio “terra de ninguém”, onde as pessoas são muito cruéis e se sentem protegidas por uma tela para falarem o que pensam, sem filtro e sem pensar que podem te machucar em algum momento. Então a gente vai criando meio que uma casca. As pessoas quando querem podem ser tão cruéis, que a gente vai aprendendo a relevar e pensar “deixem que as pessoas descontem as frustrações delas, não vou tomar isso como pessoal, senão vai doer muito”.

Eu comecei o canal com 17 anos e agora vou fazer 26, dia 25 de janeiro, um dia depois da estreia (quero todos vocês no cinema, seria meu presente de aniversário? Seria!). Então, acho que eu já passei por tanta coisa com esses anos de internet, que no começo isso me afetava e doía, hoje só me pergunto porque as pessoas continuam na vibe de serem maldosas. Se você não gosta de um conteúdo simplesmente não assista. É preciso sempre pensar que as pessoas estão em evolução e constante mudança.

Qual Camilla foi mais desafiante a atuação? A versão adulta arrogante ou a adolescente que veio do futuro?

Kéfera: Eu acho que a adolescente que veio do futuro porque tinha toda a parte de eu estar no corpo da adolescente, com os jeitos de alguém dessa idade, mas com a cabeça de uma Camilla de 30 anos que já tinha passado por toda a fama, dentro de um comportamento mais “infantilizado”, afinal ela tem 17 anos, não é mais uma criança mas ainda tem suas imaturidades.

O que me ajudou muito foi a preparação da Estrela, com o método strasberg, com exercícios desde memória sensorial até escolher um animal e humanizar esse animal. Assisti vários documentários sobre esquilo, que é a fase da Camilla jovem e assisti vários documentários sobre leões que seria ela adulta, então eu treinava todas atitudes do esquilo, como comendo uma noz, até pegar aquilo e humanizar. Foram dois meses de preparação muito intensos, várias horas por dia, sem descanso, lendo, passando texto, me preparando. É um mergulho intenso e muito profundo para um papel que demanda muito da gente. Camilla demandou muito de mim, porque ela tem quatro fases e elas não acontecem isoladamente, ela vai caminhando e tentando entender o que está acontecendo, então é preciso mostrar essas fases fluindo, sem que fique caricato ou caia dentro de um estereótipo. É tudo bem denso, mas é o que eu amo fazer.

Na coletiva de imprensa do dia 14 de janeiro, você comentou da semelhança da sua história com a do personagem. O que você acha que seu personagem transmite para os adolescentes de hoje que passam pelo que você passou?

João: Acho que a mensagem principal desse filme e que eu acho mais importante para os jovens é a ideia de que ser “você” na versão mais autentica da sua essência é o bastante. Ser você é o bastante. Não importa como você se veste ou que você gosta, se você não é fiel a sua essência, a vida perde o sentido. E acho que o cabeça, meu personagem, é alguém que consegue ser muito autentico e se mantém fiel as raízes dele.

Eu queria muito ter sido mais corajoso, que nem o cabeça. Na minha adolescência eu era muito tímido, muito quieto, sofria bullying, mas não tinha essa coragem que o cabeça tem, essa coisa potente da autenticidade. Admiro isso, mas eu não era essa pessoa.

O cabeça é esse elo de ligação entre o que a Camilla para o que ela vai virar no futuro. Então quando ela volta para 2004, o que conecta ela com sua verdadeira essência, é justamente a amizade dela com cabeça. Isso eu acho muito lindo, é uma amizade sem segundas intenções e que se baseia na verdade, nos gostos parecidos, em poderem se soltar, ficar à vontade na presença do outro. Na adolescência, principalmente porque você está tentando se enturmar, é muito importante você ter um amigo para te apoiar.

Como foi sua preparação para dar vida ao Cabeça?

João: Minha preparação durou mais ou menos um mês e meio. A Estrela (atriz que faz a fã número um) é muito legal, além de ser uma preparadora incrível. Foi um processo de resgate das memórias que eu tinha, em 2004. Fui lendo e relendo o roteiro muitas vezes, fazendo anotações, vendo muita referência. Criei uma playlist no Spotify do Cabeça. Eu sou muito assim, gosto de mergulhar no universo daquele personagem. Para mim é um processo muito subjetivo, eu sinto muito a energia do personagem, pelo roteiro, pelo que o diretor me fala, pela direção de arte, quando eu boto o figurino... Tudo me agrega para que eu chegue no personagem.

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