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CINEMA

Salvador ocupa quarta posição no ranking de espectadores de cinema

O dado estimula empresários, que investem em novos e diferenciados complexos em Salvador

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14/03/2012 às 9:07 • Atualizada em 05/09/2022 às 14:40 - há XX semanas
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Os cinéfilos de carteirinha conhecem de perto o ritual. Os desavisados correm o risco de precisar mudar o programa. Se a ideia é assistir a um filme no fim de semana em Salvador, é bom chegar mais cedo para não perder o horário da sessão na fila da bilheteria. Especialmente se a opção escolhida estiver em cartaz nos grandes complexos. As longas filas, frequentes tanto no circuito comercial como no de arte, têm explicação. Nos dois primeiros meses do ano, Salvador contabilizou mais de 800 mil espectadores. O número, divulgado pelo site especializado em dados cinematográficos Filme B, coloca a capital baiana na quarta posição do ranking nacional em público neste período, atrás apenas de São Paulo, Rio e Belo Horizonte. A informação se torna mais relevante quando se leva em conta a quantidade de salas existentes em Salvador, ainda segundo dados do Filme B: 57, contra 290 de São Paulo, 181 do Rio e 75 de Belo Horizonte, o que fez com que a cidade tivesse uma média de público de 14.443 espectadores por sala. O dado é superior ao de São Paulo - que ficou em 13.392. “Salvador sempre foi uma das capitais que mais frequentaram cinema. Sempre foi destaque no cenário nacional. Mesmo sendo uma cidade praieira, com outras opções atrativas para o público. Além disso, a grande oferta de centros comerciais e de cinemas em vários bairros, para os mais diversos públicos, favorece esses números”, disse Paulo Sérgio Almeida, diretor de cinema e do site Filme B.
Salvador teve o quarto maior público de cinema nos primeiros meses do ano: 800 mil pessoas
InvestimentosA grande procura por parte do público da capital baiana anima os empresários, que investem cada vez mais no setor. Neste semestre, a rede mexicana Cinépolis, que há cerca de um ano abriu seis salas no Salvador Norte Shopping, inaugura um complexo no shopping Bela Vista. Para Paulo Pereira, gerente de marketing da rede, o bom resultado no Norte Shopping motivou a abertura de dois complexos em um curto espaço de tempo. “Salvador é um case de sucesso para nós. Já chegamos a fazer 14 mil espectadores por semana, mas a nossa média é de 8 mil, que é muito boa”, disse. Outra novidade, que ainda não tem previsão para abertura, mas já está confirmada, é o novo complexo do shopping Barra. Um dos últimos grandes shoppings da cidade a aderir ao esquema multiplex, o Barra vai abrigar cinemas com a chancela UCI Orient - a mesma dos shoppings Iguatemi e Paralela. O novo cinema, inclusive, terá a primeira sala vip do Nordeste. Com um diferencial no preço do ingresso, o espectador terá mimos como: poltrona de couro reclinável, pipoca com azeites especiais, wraps, cafés diferenciados, cerveja importada, vinhos e espumantes. O circuito Saladearte também registra crescimento. A abertura do Cine Vivo, no shopping Paseo, no Itaigara, deu um fôlego ainda maior ao grupo, especialmente após o fechamento da sala localizada no Clube Bahiano de Tênis, em 2006. Hoje, o circuito conta com cinco salas. Além do Cine Vivo, que tem duas salas, o grupo responde pelo Cinema da Ufba (Canela), Cinema do Museu (Vitória) e Cine XIV (Pelourinho). “Nós crescemos em público de forma considerável nos últimos anos. Com a abertura do Espaço Unibanco Glauber Rocha (2008), perdemos um pouco de público. Mas logo recuperamos. E com o Cine Vivo - inaugurado em setembro de 2009 - aumentamos ainda mais”, contabiliza Marcelo Sá, um dos sócios do circuito. O Cine Vivo, nos finais de semana, chega a alcançar uma taxa de ocupação de 92%. A procura já faz com que os empresários planejem abrir mais cinco salas na cidade, ainda sem datas para inauguração definidas. Algumas devem ser localizadas nas proximidades da Pituba, apostando no sucesso do empreendimento localizado no Paseo. Outras devem ser abertas no subúrbio de Salvador. ÓperasNo quesito número de espectadores, contudo, o grande destaque vai para o UCI Orient Iguatemi, com média de 30 mil espectadores por semana. Antigo Multiplex Iguatemi, o complexo foi o primeiro da Bahia a contar com uma estrutura que reunia salas em um espaço dentro de shopping, em 1998. Seguindo o UCI Orient Iguatemi está o Cinemark, localizado no Salvador Shopping, com média de 20 mil espectadores por semana. “Salvador está no nosso Top 3. Fica à frente de muitos cinemas de São Paulo. Percebemos que o público de Salvador consome muito cultura. Por isso, oferecemos uma programação diversificada, incluindo a exibição de óperas”, disse Maricy Leal, gerente de marketing da rede no Brasil. A Cinemark não descarta a abertura de novos cinemas na cidade. “Salvador é um mercado que vai ser sempre avaliado pela Cinemark. Tudo depende das negociações com os shoppings, já que a rede só trabalha dentro de centros comerciais”, explica Maricy. TecnologiaA tecnologia em 3D também é responsável por levar público e uma renda maior para os cinemas, já que os ingressos são mais caros. O Espaço Unibanco Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, foi o mais recente a aderir à tecnologia. “Ainda é cedo para fazer uma análise mais fechada sobre o 3D, mas tivemos um resultado muito favorável com o filme A Invenção de Hugo Cabret”, explica Cláudio Marques, coordenador do espaço. Segundo ele, as salas de rua precisam ser valorizadas. “Este é um problema do Brasil. Os cinemas se concentram muito em shoppings. O poder público precisa dar uma estrutura melhor para que os empresários voltem para as ruas. Apostávamos na revitalização desta área. Só agora algo começa a mudar, com a vinda do Hotel Fasano. É um projeto a longo prazo”, conclui.

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