O mês de agosto está chegando ao fim. Os laços roxos que marcaram vitrines dão lugar aos laços amarelos de setembro. A campanha se despede das ruas, mas a violência contra a mulher permanece, silenciosa, invisível, persistente, mesmo quando ninguém está olhando.

Não podemos esquecer que essa violência acontece dentro de casas que deveriam ser refúgios; nos olhares desviados, nas ameaças sussurradas, nas mensagens apagadas antes que sejam vistas. Às vezes, se manifesta em gritos; outras, em silêncios sufocantes. Ora com golpes, ora com manipulações disfarçadas de afeto.
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É urgente compreender que nem toda violência deixa marcas visíveis, não esqueça nem toda dor se revela à primeira vista. Como escrevi no texto "Nem todo abuso deixa marca na pele".

Agosto passa, mas a necessidade de ouvir, proteger e acolher mulheres em situação de violência não tem data para acabar. Essa luta não se limita a um mês; é um compromisso diário. Como alguém que acompanha essas histórias e atravessamentos, afirmo: precisamos falar sobre isso. Mas, sobretudo agir, então, denuncie, apoie, escute, acredite. Porque a vida de uma mulher pode depender disso.
Disque 180 ou procure a rede de apoio da sua cidade.

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