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ÓPRAÍ WANDA CHASE

Bolshoi Brasil dança ao som dos tambores do Olodum no próximo sábado (16)

E mais: Cem anos de Agostinho Neto, apresentação da Frevância Elétrica, e agenda corrida de Margareth Menezes

Wanda Chase • 15/09/2022 às 10:30 • Atualizada em 22/09/2022 às 11:43 - há XX semanas

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					Bolshoi Brasil dança ao som dos tambores do Olodum no próximo sábado (16)
Fotos: Nilson Bastian / Escola Bolshoi

No sábado (17), a cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, vai receber uma convidada especial: a Banda Olodum. O convite veio da Escola Bolshoi do Brasil, sediada na cidade de Joinville e o encontro é considerado histórico já que une de duas culturas, a russa e a brasileira. Quando os tambores do Olodum rufarem, um grupo de bailarinos e bailarinas do Bolshoi fechará a Avenida Beira Mar Norte, a mais importante de Floripa, para dar lugar ao espetáculo.

Na abertura, o Olodum vai fazer o Bolshoi bailar ao som da canção 'Várias Queixas', dos compositores Narcisinho, Afro Jho e do saudoso Germano Meneghel. No repertório não poderia faltar 'Faraó', um dos hits da Banda, autoria de Luciano Gomes e Sérgio Participação. As músicas serão interpretadas por Lazinho e Matheus Vidal.

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Segundo o diretor artístico, Willian Farias, os dançarinos e dançarinas vão dançar o samba reggae do Olodum na linguagem do balé russo. Ele ainda pontua. “É um encontro histórico. Lidar com os artistas do Olodum que levam esse espetáculo para o mundo. Estou feliz e ansioso”. O bailarino baiano Adrian Barreto também está na expectativa. Ele tem 21 anos, a família mora em Paripe, subúrbio de Salvador. Adrian - é esse mesmo o nome dele - escolheu a dança ainda na infância. Ele está com todas as atenções voltadas para sábado que vem. “Amo o clássico. Vai ser um dia especial para mim, dançar com alegria, nessa união da dança clássica com a axé music. Dá uma saudade de Salvador!”, comentou o jovem bailarino.


				
					Bolshoi Brasil dança ao som dos tambores do Olodum no próximo sábado (16)
Foto: Divulgação

CEM ANOS SEM AGOSTINHO NETO

Ainda no sábado, 17, Angola comemora o Dia do Herói Nacional, uma homenagem ao poeta maior Antônio Agostinho Neto. É a data do Centenário do ativista que tinha como bandeira libertar a África dos colonizadores. Agostinho era angolano, nasceu na Província do Bengo, em 17 de setembro de 1922, e morreu na Rússia, no dia 10 de setembro de 1979. Ele foi médico, político e poeta por vocação. Era filho de um pastor da Igreja Metodista e de uma professora. O ativista da causa negra, foi o primeiro presidente de Angola após o país se libertar de Portugal.

Para o escritor angolano Lopito Feijó, Agostinho Neto se diferenciava de outros poetas da geração dele. “Foi um nacionalista, ainda muito jovem já publicava artigos no Jornal Estandarte. Ele também era médico, de uma destreza singular, abriu um consultório e não cobrava consulta dos pobres. O ativista aproveitava as consultas para conscientizar e engajar as pessoas na luta pela independência de Angola. E deu certo”, comenta. Agostinho foi preso várias vezes, não desistia do sonho de liberdade. A poesia era uma arma contra a opressão. Conta-se que na prisão o proibiram de trabalhar e escrever, mas ele escrevia seus poemas com letras minúsculas em pedaços de papel que eram enrolados e escondidos dentro de um cigarro. Incrível, isso!

Às vezes, num cigarro cabia um poema inteiro. Quando a esposa, a jornalista e escritora Maria Eugênia Neto o visitava na cadeia, ela saía com um cigarro intacto e dentro dele com um poema novo escondido. Que história, hein! Precisamos conhecer mais desse poeta. Aqui um trecho dos versos do poema Certeza: “Não me peça sorrisos que ainda transpiro os ais dos feridos nas batalhas. Não me exijas glórias que sou eu o soldado desconhecido da Humanidade“.

FREVO E MPB É COM A FREVÂNCIA ELÉTRICA

Quem for ao Rio Vermelho, chegar à Rua da Paciência e ouvir um som diferente, é bom entrar. Você vai se deparar com uma banda formada só por mulheres. É a Frevância Elétrica. O que elas tocam? Frevo temperado com a nossa baianidade nagô. Para a produtora Márcia Ramos, a Bahia está carente de música de qualidade e a Frevância vem para fazer a diferença.

Partindo do princípio que a maioria da banda é formada por educadoras, elas vão fazer releituras de MPB, vão focar também em música autoral. A estreia oficial das cantoras será em novembro. Olhe aí a formação da Banda: a cantora é Alice Sanayá, Tainara Molho na percussão, Ágatha Cristina toca guitarra baiana, Mariana Mota é a tecladista e pianista, Billa Mão de Pedra está na bateria, a direção musical ficou com Luísa Bassé. A Frevância tem quatro produtoras: Márcia Ramos, Patrícia Batista, Vanessa Oliveira e Rosa Bitencourt. Boa sorte meninas!

A AGENDA DE MARGARETH MENEZES

A Maga está com a agenda engrenada. No sábado, ela faz a Virada Cultural em São Sebastião, interior de São Paulo. Nos dias 22 e 23, sobe ao palco do SESC de Guarulhos-SP com o Show Eletroacústico, retorna para Salvador e faz show no Mercado Iaô. Vai rolar o som do Afro Pop.


				
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