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Povos Indígenas: a luta pela representatividade na música pop da Bahia

Conheça Beatriz Tuxá, uma das poucas artistas que representa os povos indígena na cena musical da Bahia

Marcelo Argôlo • 19/04/2023 às 18:00 • Atualizada em 08/05/2023 às 11:56 - há XX semanas

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					Povos Indígenas: a luta pela representatividade na música pop da Bahia
Beatriz Tuxá, do povo Tuxá Kiniopará, é uma das raras representações de artistas indígena na cena pop da Bahia. Foto: Raquel Franco/Divulgação

A Bahia é conhecida mundialmente por sua rica cultura musical, com artistas que vão desde os mais tradicionais até os mais contemporâneos. Mas uma questão importante ainda precisa ser discutida e enfrentada: a falta de representatividade indígena na música pop do estado.

Embora os povos indígenas sejam parte integral da história e da cultura da Bahia, é difícil encontrar artistas indígenas na cena pop. A maioria dos artistas populares da Bahia são negros ou brancos, com pouca representação de outras etnias

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O problema é ainda mais sério quando se trata da música pop, que é a mais consumida no país. A falta de diversidade é uma questão que afeta diretamente a representação de diferentes culturas e realidades, e a ausência de artistas indígenas na música pop baiana é uma preocupação que precisa ser abordada.

Apesar disso, existem alguns artistas que estão tentando mudar essa realidade. Uma delas é a cantora Beatriz Tuxá, que é indígena do povo Tuxá Kiniopará e tem se destacado por seu trabalho como poeta, cantora e compositora.

“Nas minhas poesias e canções eu trago vivências, e a história de meu povo. Desde criança minha mãe e família perceberam meu talento e amor pela arte. Penso que nós povos indígenas temos o dom da arte desde que nascemos, aprendemos a dançar o toré, a tocar o maracá e a cantar os toantes crianças e de uma forma muito natural”, conta a artista em depoimento para o projeto Frequências Preciosas.

“Minhas inspirações para as poesias sempre foram, minhas vivências dentro da aldeia e a história do povo Tuxá, que teve suas terras inundadas pela barragem de itaparica, cresci ouvindo meus pais e avós contando como foi triste deixar tudo para trás. Os sons, o barulho da água, a natureza, sempre me encantaram e me inspiram”, conclui.

A falta de representatividade indígena na música pop baiana não é um problema exclusivo do estado, mas é importante que seja abordado e enfrentado. A música é uma forma poderosa de expressão e de representação, e a falta de diversidade na cena pop é um reflexo da desigualdade que ainda existe em nossa sociedade.

É preciso que mais artistas indígenas sejam impactados pelas políticas culturais para conseguirem oportunidades de mostrar sua arte e sua cultura na cena pop baiana. Também é papel que nós comunicadores pautemos a questão e que a sociedade como um todo reconheça a importância da diversidade cultural e da representação de diferentes realidades. A música é um espaço de diálogo e de união, e só com a inclusão de todos poderemos construir uma cena musical verdadeiramente diversa e representativa.


				
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