A Prefeitura de Salvador lançou no Carnaval 2024 uma cartilha de combate ao racismo para os foliões que estão curtindo a folia na capital.
Bem didática, a publicação busca conscientizar as pessoas com dicas de como evitar palavras e expressões que perpetuam o racismo e que precisam ser eliminadas do dia a dia. Intitulado ‘Não deixe o racismo estragar nossa folia”, o material foi produzido em parceria com o Instituto Commbne.
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“Entendemos que o momento do acontecimento Carnaval serve também para tratarmos de temas necessários, como o combate ao racismo. E essa cartilha, que uniu algumas secretarias da nossa gestão e uma entidade da sociedade civil que busca exatamente essa conexão da comunicação antirracista no mundo inteiro, é um instrumento eficaz, uma vez que recebemos aqui, no período da folia, pessoas de todas as partes do planeta”, explicou Renata Vidal, secretária municipal de Comunicação.
“A cartilha é um relevante instrumento na perspectiva do letramento racial, ao passo que utiliza dos instrumentos próprios da comunicação com vistas a contribuir para efetiva reparação. Estratégias estas que cumprem o disposto na Lei 9.451/2019, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa de Salvador, regulamentado em sua integralidade, também de forma pioneira, no município”, destacou a Professora Ivete Sacramento, titular da Secretaria Municipal da Reparação (Semur).
O Instituto Commbne é uma organização fundada em Salvador, que tem como objetivo conectar comunicadores e perspectivas sobre comunicação negra e/ou antirracista, em nível global. O Instituto busca disseminar perspectivas inovadoras sobre comunicação, inovação, raça e etnia no contexto da diáspora africana, bem como, aprimorar a formação de estudantes e profissionais da área e fomentar o intercâmbio de experiências e narrativas em uma rede unificada.
Expressões racistas
A cartilha traz uma lista de alternativas para substituir expressões racistas, como: em vez de falar “a coisa tá preta”, usar “a coisa está complicada”, ou em bom baianês “é laranjada”. Outro exemplo é usar “difamar” ou “caluniar” em vez de “denegrir”. O encarte ainda recomenda não falar “cabelo ruim”, mas “cabelo crespo, cacheado”. E alerta: “Lembre-se: ruim é o racismo”! Veja a cartilha completa:
Gabriela Braga
Gabriela Braga
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