A saída do Ilê Aiyê, que aconteceu nesta sábado (10), foi marcada por artistas, autoridades e a tradicional beleza deste momento que é um marco do Carnaval de Salvador. Caetano Veloso, Evaldo Macarrão, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, são alguns dos nomes que marcaram presença na sede Ilê, na Ladeira do Curuzu.
Com a ajuda de Caetano, a responsável por vestir as Deusas do Ébano desde a fundação do bloco, Dete Lima, ajudou Larissa Valéria a se preparar para a cerimônia. Pouco depois, aconteceu a cerimônia de soltura das pombas e os integrantes do bloco e outros participantes subiram a ladeira.
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Moradores do bairro também aproveitaram o momento para celebrar o bloco afro, que completa 50 anos em 2024. Em entrevista ao iBahia, o Vovô do Ilê afirmou que a festa é muito cara e que a participação das pessoas negras no projeto é essencial para sua longevidade.
"[Apesar] de ser bonito, é uma [festa] muito cara. Para continuarmos tendo essa relevância, em um país capitalista, se você [é famoso] significa que você está rico e tem dinheiro. Então, o povo negro tem que [fazer] sua parte e prestigiar os eventos, dar sua contribuição", pontua o Vovô do Ilê, que enfatiza a importância de ser visto para, consequentemente, ser patrocinado.
Para muitas pessoas, o momento foi extremamente importante para a história do bloco e para a vida pessoal. "Me me sinto muito feliz de fazer parte dessa historia. Meu pai foi o primeiro cantor do ilê", pontua Cezar Santos, de 54 anos e que é membro do bloco há 27 anos.
