"Se eu levar alegria, já valeu", conta baleiro sobre seu trabalho

Carnaval é tempo de festa, isso todo mundo sabe. Mas para alguns, a festa é uma maneira de ganhar uma grana extra. É isso que faz o baleiro Alberto de Jesus, de 42 anos.Alberto trabalha o ano inteiro vendendo doces pela cidade e não tira folga durante o Carnaval. Pelo contrário, o baleiro conta que chega cedo no Vale do Canela, periferia do circuito Osmar (Campo Grande) e desce para a Barra. "Chego às 16 horas no Canela e venho andando até aqui (no Farol da Barra, concentração dos trios e blocos)", conta.Mas não fica parado lá, não. "Vou e volto no circuito várias vezes", revela, falando sobre a maratona de ir até o final do circuito, em Ondina e voltar para o Farol.Em meio a tanto trabalho e tanta caminhada, ele confessa que ainda consegue se divertir. "Danço um pouquinho também, brinco, me divirto", diz. "Eu nem me preocupo se não ganhar dinheiro, se eu levar alegria, já valeu", finaliza.